Vaticano se junta à campanha contra o tráfico de pessoas durante a Copa do Mundo

Na manhã de terça-feira, 20 de maio, o Escritório de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, apresentou a campanha:

 "Jogue pela vida, denuncie o tráfico”

Da Talitha Kum, Rede Internacional da Vida Consagrada contra o Tráfico de Pessoas. A campanha se insere no marco da Copa do Mundo de Futebol que acontecerá no Brasil, em junho e julho próximos.

Participaram do evento o cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; Kenneth Francis Hackett, embaixador dos Estados Unidos ante a Santa Sé; irmã Carmen Sammut, presidente da União Internacional das Superiores Gerais (UISG); irmã Estrella Castalone, coordenadora da Talitha Kum, e irmã Gabriella Bottani, coordenadora da rede Um Grito pela Vida (Brasil).

"Essa campanha manifesta a sintonia da vida consagrada com o sentimento de nosso Santo Padre ante este crime que o mesmo definiu como ‘a chaga no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo”, disse o cardeal João Braz de Aviz.

Irmã Carmen Sammut destacou que, por infelicidade, o delito está presente em todas as partes e seus benefícios são enormes. "A prevenção desse tipo de tráfico de pessoas implica a redução da demanda de serviços sexuais e para que isso aconteça é necessário conscientizar a opinião pública”.

Irmã Gabriella Bottani, recordando as palavras do Papa: "Não se pode permanecer indiferente sabendo que há seres humanos tratados como uma mercadoria”

Assinalou também que, segundo estatísticas oficiais, esse grave crime afeta quase 21 milhões de pessoas no mundo e que conhecendo melhor o fenômeno e suas causas fica mais fácil denunciar. 

"Devemos arrancar com força do silêncio e do medo essa grave violação da dignidade humana”. A mensagem da campanha é uma proposta concreta e positiva de vida. "Uma vida digna e livre para todos”.


O Vaticano espera que a Copa do Mundo do Brasil represente um evento positivo para promover a cultura dos direitos e da vida, e que sejam denunciadas todas as formas de exploração que depreciam e mercantilizam, além de sensibilizar a população sobre o fenômeno do tráfico de pessoas e sobre como denunciar os casos.



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