Livro analisa discursos sobre o ‘fim do mundo’

Definido pelo antropólogo e sociólogo francês Bruno Latour, professor do Institut d'Études Politiques (Sciences Po) de Paris (França) como uma "ducha gelada”, o livro: "Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins”, da professora de Filosofia Déborah Danowski e do etnólogo e sócio-fundador do Instituto Socioambiental (ISA) Eduardo Viveiros de Castro, trata dos diferentes modos pelos quais as culturas humanas, especialmente a cultura contemporânea, imaginam o fim do mundo.

O livro, uma co-edição do ISA com a Editora Cultura e Barbárie, é uma tentativa de levar a sério os discursos atuais sobre o "fim do mundo”, tomando-os como "experiências de pensamento acerca da virada da aventura antropológica ocidental para o declínio”. 

Os autores buscam encarar de frente a crise ambiental que se evidencia e se agrava a cada dia, prenunciando um cada vez mais provável colapso civilizacional que atingirá todos, inclusive aqueles povos e culturas que não estão na origem dessa crise, como os povos indígenas. 

Sem falar, é claro, das várias outras espécies que já se extinguiram ou estão ameaçadas de extinção devido a alterações ambientais causadas atividades humanas predatórias.

Os autores contam em nota que a ideia do livro foi apresentada, pela primeira vez, em Toulouse, na França, no dia 21 de dezembro de 2012, dia em que anunciaram e garantiram que o mundo iria se acabar, de acordo com um suposto calendário Maia. 

A publicação, agora lançada, é uma versão atualizada e aumentada do ensaio: "L’arrêt de monde”, publicado na coletânea: "De l’univers clos au monde infini” ("Do universo fechado ao mundo infinito”), organizada pela filósofa francesa Emilie Hache, e lançada em junho de 2014 pelas edições Dehors.








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