Bispos pedofilia na igreja: um problema comum com soluções diferentes
A Igreja Católica tem ao longo dos tempos sido assolada por uma onda de escândalos de
abuso de menores.
De acordo com o noticiado pelo jornal i, há regras rígidas
para este tipo de incidentes, mas na realidade cada bispo português tem tomado
uma decisão diferente apesar dos factos reportados serem semelhantes.
Braga, Guarda, Funchal ou
Santarém, são alguns dos casos de suspeita de crimes de pedofilia cometidos por
responsáveis da Igreja Católica. Se a acusação é semelhante, porém, diverge o
tratamento. Cada diocese tem lidado com os factos de forma diferente.
Em Braga, o caso das suspeitas
sobre Abel Maria foram noticiadas pelo jornal Correio da Manhã. Após a
publicação do sucedido, o Arcebispo de Braga emite um comunicado a suspender a
atividade do pároco. As razões? “Prudência, serenidade na investigação”, conta
o jornal i.
Neste caso, determinam os
regulamentos da Igreja que sempre que um padre é investigado na justiça civil
ou alvo de uma denúncia, também seja aberto um processo canónico, que implica o
seu afastamento da paróquia. Após esta fase devem ser ouvidos o acusado e o
autor da denúncia, algo que não aconteceu neste caso.
Na Guarda, depois da condenação
nos tribunais civis de Luís Mendes, a Igreja apoiou a defesa do acusado.
Através de comunicado, o bispo local disse que seria “usado o direito de
recurso para tribunal de instância superior”, algo que terá caído mal junto do
clero da Guarda, obrigando mesmo D. Manuel Clemente, então presidente da Conferência
Episcopal a ser confrontado com perguntas dos jornais.
No Funchal, depois de uma
investigação da Polícia Judiciária ao cónego Carlos Nunes, por suspeitas de
alegados abusos sexuais, o bispo assegurou a colaboração com a investigação
civil, mas criticou “o modo como se faz na comunicação social a divulgação
dessas suspeitas”.
Por fim, em Santarém, foi acusado
em julho um padre da Golegã de dois crimes de pedofilia. Depois da detenção do
padre António Júlio a posição do bispo tem sido uma única: o silêncio. A
diocese, porém, instaurou um processo canónico para averiguações.
Fonte: http://vigiai.net
Comentários