China irá listar locais legais para cultos e extinguir os ilegais, diz Xinhua - Por Pete Sweeney
A China irá publicar na Internet
os detalhes de locais religiosos legais, informou neste sábado a agência
oficial de notícias Xinhua, aparentemente em uma tentativa de identificar
grupos não sancionados como parte de um esforço para “extinguir atividades
religiosas ilegais”.
Nomes e endereços de “todos os
locais budistas e taoistas” serão publicados dentro do prazo de dois anos,
disse Wang Zuoan, diretor da Administração Estatal para Assuntos Religiosos,
durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, de acordo com a agência de
notícias.
A Xinhua não fez nenhuma menção a
outras religiões, mas afirmou que Wang teria dito que a informação ajudaria a
parar com as atividades religiosas ilegais em lugares não autorizados.
A atitude do governo em relação a
religião suavizou significativamente nas últimas décadas, e as pessoas têm
permissão de praticar sua religião em instituições sancionadas, às quais é
requerido que preguem e pratiquem a lealdade ao governo.
Apesar das regras, movimentos
religiosos não autorizados, que são chamados de cultos pelas autoridades,
proliferaram nos últimos anos, e o governo ampliou sua atividade na tentativa
de coibir seu crescimento.
Um tribunal prendeu 21 membros do
grupo religioso banido Quannengshen e executou dois este ano depois que os
membros foram acusados de matar uma mulher.
Pequim também mantém o banimento
da igreja Falum Gong, que se tornou um dos oponentes públicos mais estridentes
do Partido Comunista Chinês.
Mensagens anticultos proliferam
em quadros de mensagem nas vizinhanças de algumas cidades, e a suspeita pode se
estender para religiões estabelecidas.
O governo está preso em uma longa
disputa com o Vaticano na questão sobre quem aponta os bispos católicos, e nos
últimos meses alguns oficiais removeram cruzes de igrejas cristãs e proibiram o
simbolismo de Natal.
O governo suspeita ainda mais do
islamismo, e tentou desencorajar a tradicional prática mulçumana na região
autónoma de Xinjiang. Ele também tentou reprimir a atividade política entre
budistas tibetanos.
O governo descreve a resistência
ao seu domínio em comunidades mulçumanas e budista tibetana como sendo
inspirada por forças externas que tentam desmembrar a China, e defende sua
política religiosa como adequada para “praticantes razoáveis”.
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