Premiê francês defende a paz e respeito às religiões além da liberdade de expressão
Durante coletiva à imprensa nesta
terça-feira (20/01), o primeiro-ministro francês Manuel Valls destacou que a
frase: "Je suis Charlie" "não é a única mensagem da França ao
mundo".
A frase ganhou repercussão mundial como forma de apoio à liberdade
de expressão e em homenagem às vítimas do ataque terrorista na redação do
Charlie Hebdo, em Paris.
Segundo a agência AFP, o
estadista afirmou que o país não pode ser reduzido a apenas um slogan, e que a
França defende outros valores preciosos, como “a paz, o respeito às convicções,
o diálogo entre religiões”.
Apesar de reconhecer “o grito de
união” que a frase: “Je suis Charlie” trouxe, Valls destacou as denúncias de
“apartheid territorial, social e étnico” que motivaram jihadistas a
assassinarem 17 pessoas. Para ele, esses assuntos ainda são pouco discutidos.
"Nos últimos dias destacamos
muitos dos males que assolam o nosso país e os desafios que enfrentamos. A
isto, devemos somar todas as fraturas, as tensões que falamos pouco (...) a
relegação peri-urbana, os guetos, (...) um apartheid territorial, social,
étnico, que foi imposto em nosso país", concluiu.
Comentários