A ciência, a religião e a ética na atualidade - Por Sergio Pardal


O termo ciência refere-se a um conjunto de saberes obtidos por meio de experimentação ou introspeção. Este conhecimento pode ser desenvolvido através de uma estrutura organizada de factos objetivos comprovados por um conjunto de procedimentos e práticas.

A aplicação ordenada dos diferentes métodos dá início aos diversos conhecimentos (científicos), que adquirem o formato de hipóteses, precisas, quantitativas e demonstráveis. 

Estes pressupostos são passíveis de ser organizados em fórmulas ou regras universais, que descrevem a atividade de um sistema e preveem como estes princípios vão atuar em determinadas condições.

A ciência na atualidade integra um componente fundamental nas sociedades ocidentais e assume-se como um dos essenciais elementos de transformação a nível tecnológico, cultural, social, biológico, antropológico, psicológico, entre outras áreas da vida humana.

Nessa perspectiva, o conhecimento científico na atualidade está presente na nossa vida quotidiana, interfere nas nossas decisões, na maneira como pensamos a nossa existência, as atividades que desenvolvemos, a forma como consideramos o futuro a nível pessoal e coletivo, vivemos numa sociedade tecnológica.

O conhecimento científico está relacionado com a religião, por ser uma primeira forma de explicação dos fenómenos naturais e dos acontecimentos que marcam a nossa vida quotidiana. A religião é produto da atividade social de uma determinada comunidade, que se expressa em termos de realidades coletivas, é o conjunto das atitudes e ações pelas quais as pessoas expressam a sua subordinação, em relação a entidades sobrenaturais, que condicionam toda a sua existência terrena e, nesse sentido, está associada à ética, por ser um fator importante na constituição dos princípios morais, pois, através dela, os homens aprendem a distinguir o bem e o mal, o divino e o profano.

Desde os primórdios da humanidade, as religiões tem tido uma grande influência na conduta ética dos indivíduos, provocando neles alterações na sua maneira de pensar e agir, a religião permite-nos criar uma consciência moral sobre o valor das nossas ações sociais tanto no plano pessoal como coletivo, sobre os efeitos perversos do conhecimento científico, como a redução da camada do ozono, a subida da temperatura da terra, resultado do efeito de estufa, o degelo das zonas polares e a subida da água do mar com as suas implicações sobre os ecossistemas terrestres e, direta ou indiretamente, sobre as sociedades humanas.

Nesse sentido é preciso repensar as atitudes e o comportamento daqueles que desenvolvem as atividades científicas para um desenvolvimento mais sustentável para o ambiente. Vivemos num planeta único com recursos limitados que é preciso preservar para as gerações vindouras, nesse sentido o pensamento ético e os valores cristãos que serviram de base à nossa cultura ocidental, deveriam contribuir para uma melhor utilização da ciência e da técnica na atualidade.







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