Da natureza do Islã e do Cristianismo – Por Jolivaldo Freitas
Para um breve suspiro de desafogo
o grupo extremista Estado Islâmico publicou imagens na internet garantindo que
não destruíram as antigas ruínas do teatro romano e outras peças da antiguidade
como templos e colunas na cidade de Palmira, na Síria.
Trata-se de um milagre e
se durarem Deus realmente existe. O Estado Islâmico, uma ramificação da Al
Qaeda de Bin Laden, já tomou territórios na Síria e Iraque, mesmo com os
Estados Unidos em seus calcanhares. Os países árabes, que poderiam ajudar na
campanha têm enfiado a cabeça na areia, com receio de retaliações.
Lembre-se que o Estado Islâmico
já destruiu antiguidades, para desespero do mundo civilizado, tanto no Iraque
como na Síria. Eram renomadas ruínas que atestavam a evolução cultural e
religiosa da humanidade e que a civilização começou em solo iraquiano. Em tempo
não tão pretérito os jihadistas destruíram dezenas de estátuas do Museu da
Civilização em Mossul, no Iraque, muitas delas datadas do período assírio (VIII
a VI a.c.).
O mundo fica perplexo com estas
ações que são consideradas como típicas da barbárie, na concepção ocidental.
Mas o islamismo é uma religião basicamente fundamentalista nos dias de hoje.
Ummah é o termo árabe para definição do universo muçulmano. É uma palavra que
pode significar tanto comunidade como nação. Para a comunidade a crença é uma
só: Alá é o Senhor e Maomé, seu profeta. Na forma universal trata-se de
espalhar a fé a qualquer custo. Coisa que o cristianismo também processava e
foi materializado com as Cruzadas.
O que há de estranho no Estado
Islâmico que toma como iniciativa ao assumir um território mais aberto e,
digamos, civilizado, efetuar a destruição drástica de ídolos e monumentos
emblemáticos de várias religiões, como o era a politeísta Roma? É da sua
natureza, senão vejamos:
Maomé nascido em Meca em 570, aos 40 anos de
idade ouviu da voz do Senhor a ordem de recitar as primeiras frases que foram a
base do Alcorão. Anos depois sai de Medina com um exército que foi conquistando
todas as cidades da península Ibérica. Em 629 volta para Meca. Mas em seguida
seus seguidores foram a Caaba e o primeiro ato foi a destruição de 360 ídolos
que eram reverenciados pela população.
O islamismo foi instituído em
toda a Arábia por força da guerra, a fogo e ferro, numa época em que a Europa
estava mergulhada no feudalismo e com o império cristão bizantina em completa
decadência. O islã é uma religião monoteísta.
A Irmandade Muçulmana, um dos
seus tentáculos do século XIX defende a luta armada como nos princípios de
Maomé. O prêmio para o heroísmo é a oferta de um paraíso cheio de virgens. A
violência acompanha as religiões. Mas se a violência está no DNA do islamismo,
o que dizer do cristianismo com suas Cruzadas. Quem é mais intimidante o
Alcorão ou o Velho Testamento?
O mundo hoje mostra que a política está
influenciada pela religião. Quando Friedrich Nietzsche disse que “Deus está
morto”, estava sendo levado por um período de perda de força das religiões. Mas
o futuro é diferente. Hoje os homens se debateram em nome dos deuses. Pela
política. E os deuses não se entendem.
Jolivaldo Freitas é jornalista e escritor
Jolivaldo Freitas é jornalista e escritor
Comentários