V Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais
O V Congresso de Líderes das
Religiões Mundiais e Tradicionais começou hoje, quarta-feira (10/06), no Palácio da Paz
e na Concordia de Astana, para facilitar o diálogo entre a comunidade religiosa
e a classe política.
"Pôr em contato a comunidade
religiosa e os líderes políticos do mundo para encontrar vias de diálogo que
finalizem os múltiplos conflitos é o principal motivo deste Congresso",
assegurou o porta-voz do Senado do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev.
O encontro, que terá a
participação de 80 delegações de 42 países, foi presidido pelo Presidente do
Cazaquistão, Nursultan Narzabayev. Nazarbayev ressaltou "os perigos do
extremismo e os atos de violência cometidos por grupos terroristas que se
amparam na religião", em clara alusão ao Estado Islâmico.
O presidente assegurou que todas
as religiões predicam a "paciência, a paz, a tolerância e o islã é uma das
religiões mais tolerantes". O secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon, repassou os principais conflitos e assegurou que a solução
está no diálogo.
"Vivemos um momento em que necessitamos dialogar mais que
nunca", acrescentou Ban pediu "à comunidade internacional um esforço
para conseguir um diálogo que promova os valores da reconciliação e o respeito
mútuo".
O líder da ONU acrescentou a
necessidade de "reconhecer o outro e aprender compartilhando" porque,
assegurou, "é mais enriquecedor". O secretário-geral das Nações
Unidas apontou o momento de mudança no mundo e as novas oportunidades que
surgem.
"Somos a primeira geração
que podemos eliminar a pobreza mundial e somos a última geração que poderá
resolver o problema do aquecimento global", acrescentou Ban disse que a
humanidade enfrenta problemas de "grande risco" e citou "os
conflitos sociais, o terrorismo e o tráfico de drogas".
"Nestes tempos, assegurou o
máximo representante das Nações Unidas- a comunidade religiosa pode servir de
aglutinadora sobre a base dos valores humanos, para unir todas as comunidades e
criar o espaço necessário para alcançar a paz".
Durante esta primeira sessão, os
participantes aprovaram a agenda de trabalho que tratará sobre o diálogo da
comunidade religiosa com os políticos na busca pela paz.
Os participantes representantes
do islã, distintas igrejas cristãs, líderes do budismo, judaísmo, hinduísmo,
taoísmo e xintoísmo, discutirão também o papel da religião na juventude e o
diálogo com base no respeito mútuo entre os líderes e seus seguidores.
Entre os presentes ao ato estavam
o Rei Abdullah II da Jordânia, o Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö e
altos representantes da Unesco e a OSCE.
Fonte: http://noticias.r7.com
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