Belmonte/Portugal debate a religião, a literatura e a partilha cultural - Por Mário Rufino
A segunda edição de
“Diáspora: –
Festival Literário de Belmonte”
Ocorre de 20 a 22 de Novembro e conta com a
participação de personalidades que se têm distinguido em diversas áreas.
Belmonte é, pelo segundo ano
consecutivo, local privilegiado para se debater a importância da religião, da
literatura e da partilha cultural na formação do pensamento. Durante três dias, a vila recebe
debates, visitas a escolas, exposições, mesas-redondas, feira do livro e uma
mostra de ilustração de Vasco Gargalo.
No dia 20, a Igreja Matriz de
Belmonte recebe a 1ª Mesa de Debate (21:30), com o tema “Em Nome de Deus”.
Jaime Nogueira Pinto, Nuno Tiago Pinto e Pedro Mexia reúnem-se para conversar
sobre os conflitos exercidos em nome de Deus.
Padre Carlos Lourenço modera as
respostas a interrogações relacionadas com o tema: “Se as principais religiões
afirmam que Deus é paz, porque é que permanecem vivas as tensões religiosas? De
Fátima ao Médio Oriente, como é que a Política tomou conta da Religião?”
No dia seguinte, é inaugurada a Exposição
“Livro do Ano”, de Afonso Cruz, no Ecomuseu do Zêzere (11h30). O Museu Judaico é o local
escolhido para, na parte da tarde, receber duas Mesas de Debate e a Entrevista
de Vida.
Na Mesa 2 (15h00), sob o tema: “Tanto Mar”, Andréa Zamorano e Inês
Pedrosa debatem a distância que une ou separa a literatura portuguesa e a
literatura brasileira: “Portugal e Brasil falam a mesma língua? Que autores
portugueses são lidos no Brasil e vice-versa?” A moderação é de Pedro Vieira.
Mário Cláudio é o convidado de “Entrevista
de Vida” (16h00). Tito Couto entrevista o recém-homenageado da “Escritaria”.
A Mesa 3 (17:00) será o último
debate do dia. Haverá livre circulação de ideias na Europa? Maria Manuel Viana
e Tiago Patrício respondem a esta e a outras perguntas sobre “Mercado Comum”. O
debate tem a moderação de Pedro Vieira.
O dia 22, último do Diáspora,
começa com a Intervenção do Presidente da Câmara de Belmonte (14:30), no Museu
Judaico. “Há mesmo cidades Literárias?” é a pergunta que servirá de mote às
intervenções de Tânia Ganho e João Paulo Cuenca, com moderação de Tito Couto,
na última Mesa do Festival (15h00).
Gabriela Canavilhas, ex-ministra
da Cultura, é a conferencista responsável por proceder à “Conferência de
Encerramento” do “Diáspora – Festival Literário de Belmonte”.
Depois de uma primeira edição muito bem-sucedida, Belmonte continua a celebrar a sua rica herança cultural. A terra de Pedro Álvares Cabral tem, além da sua beleza natural, singular importância na história da comunidade judaica em Portugal. “O Diáspora” faz, pelo segundo ano consecutivo, a ligação entre essa história e a literatura.
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt
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