Comissão de Direitos Humanos realiza debate sobre Intolerância Religiosa pós-atentados em Paris
As denúncias de intolerância
religiosa na capital paulista aumentaram após os atentados de Paris ocorridos
na sexta-feira 13/11, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico.
Para discutir essas denúncias, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Municipal de São Paulo, cujo presidente é o vereador Laércio Benko, realizou na
quinta-feira (26/11) um debate sobre a intolerância religiosa.
Representantes
das mais diversas matrizes religiosas, como catolicismo, judaísmo, budismo,
protestantismo, islamismo e religiões de matriz africana estiveram presentes no
evento.
O Padre Tarcísio, representante
da igreja católica no debate, lembrou que no Brasil o povo é pacífico e que
essa é uma característica que deve ser estimulada na sociedade. Para o xeque
Abdul Hamid, líder da Mesquita Brasil, viver em terras brasileiras é muito bom,
pois existe uma aceitação da religião islâmica muito maior do que em outros
países.
“Nós repudiamos todos os atos cometidos em Paris. O islã não aceita de
forma nenhuma tudo isso. O islã prega a paz. Muçulmano não é terrorista e
terrorista não é muçulmano”, afirmou.
O monge budista Jean Algieri, que
mora parte do tempo em Paris e parte em São Paulo, disse que o brasileiro não
conhece o terrorismo vivido em outros países e que somos um povo de sorte.
Damaris Moura, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB São Paulo,
disse que foi uma iniciativa extraordinária realizar uma reunião como essa, na
Câmara Municipal.
“Quanto mais espaços institucionais nós conseguirmos aglutinar
para essa luta com ideal pacifista, que é promover e defender os direitos de
todos os grupos religiosos, melhor”, disse.
Laércio Benko, vereador e
presidente da Comissão, contou que as denúncias de casos de intolerância,
especialmente aos muçulmanos têm aumentado e que o terrorismo praticado em
Paris não pode contaminar a nossa nação. O Brasil é um país pacífico.
“Tratamos
especificamente do caso de Paris para mostrar que o que foi feito lá não é
fruto de nenhuma religião, mas de quem não tem Deus no coração. A soma de todas
as religiões é igual a Deus”, complementou o vereador Laércio Benko.
Fonte: http://saopaulotimes.r7.com
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