Escritor ateu Richard Dawkins vê no cristianismo “a melhor defesa” contra o extremismo islâmico



O polêmico escritor ateu Richard Dawkins admitiu que o cristianismo é a melhor alternativa para fazer um contraponto à mensagem extremista do islamismo.

A afirmação foi feita a partir de uma análise sobre a ascensão do secularismo na Europa e Estados Unidos e também do extremismo islâmico no Oriente Médio e áreas da África. O cristianismo pode realmente ser a nossa melhor defesa contra as formas aberrantes de religião que ameaçam o mundo”, disse Dawkins, de acordo com informações do Gospel Herald.

Biólogo evolucionista, Dawkins é considerado o ateu de maior reconhecimento no planeta, e por diversas vezes expressou sua aversão ao cristianismo, devido a um episódio de abuso sexual sofrido na infância, quando frequentava um colégio católico.

Mesmo assim, ele reconheceu que na doutrina cristã, ao contrário do islamismo, não existem incentivos ao uso da violência contra quem ignora seus ensinamentos: “Não há cristãos, pelo menos que eu saiba, explodindo edifícios. Não tenho conhecimento de quaisquer ataques suicidas dos cristãos. Não tenho conhecimento de qualquer grande denominação cristã que acredita na pena de morte por apostasia”, destacou.

Nesse cenário, Dawkins foi enfático ao afirmar que o cristianismo pode ser “um baluarte contra algo pior”, e que por isso, tem “sentimentos mistos” a respeito da redução do crescimento da fé cristã na sociedade. Dawkins pontuou ainda que, no passado, ele concentrava suas críticas ao cristianismo por ser a religião com a qual estava mais familiarizado, já que foi educado em uma escola cristã.

“Horrível como o abuso sexual era, sem dúvida, o dano que foi indiscutivelmente inferior ao dano psicológico a longo prazo infligido, por trazer a criança para um contexto católico, em primeiro lugar”, contextualizou, falando sobre os problemas posteriores ao abuso que teve que enfrentar. 

“Eu pareço ser percebido como agressivo e estridente e eu realmente não acho que eu sou estridente e agressivo. O que eu acho é que nós nos tornamos tão acostumados a ver a religião autonomizada por um muro de proteção especial que, quando alguém oferece mesmo uma leve crítica à religião, é entendido como agressivo, mesmo quando ele não é. Eu gosto de pensar que sou mais pensativo e reflexivo”, concluiu.





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