Turismo religioso ao serviço dos mais pobres – Por Francisco Pedro
Operadora turística das Filipinas
considera fundamental que o turismo religioso crie programas que tenham em
conta e ajudem as comunidades locais, em especial as mais desfavorecidas.
O turismo religioso “representa
um grande negócio, está numa fase de crescimento brutal”, mas falta ainda
colocá-lo “ao serviço das comunidades, especialmente as mais pobres”, como tem
defendido o Papa Francisco, alertou esta sexta-feira, 26 de Fevereiro, a
representante filipina da APP Tours, durante a sua intervenção no IV Workshop
Internacional de Turismo Religioso, que decorre em Fátima.
“Não podemos cingir-nos apenas ao
negócio, a pensar apenas no lucro e em quanto o turista gasta por dia ou por
mês, temos que pensar também em criar programas que coloquem o turismo
religioso ao serviço das comunidades”, promovendo, por exemplo, "visitas aos
locais religiosos, mas também aos locais mais desfavorecidos", disse
Guillermina Tapia Gabor.
Para a operadora filipina, “não
pode haver sustentabilidade sem espiritualidade”, pois o resultado de uma
viagem não são só as fotografias e os filmes, mas essencialmente “o que levamos
dentro de nós quando regressamos a casa: a experiência emocional”.
Anne Breslin, da Great
Experiences, que organiza peregrinações a partir dos Estados Unidos da América,
não só partilhou desta opinião como a reforçou.
“Um peregrino é uma pessoa que
procura uma experiência espiritual, que pretende uma viagem emocional onde tenha
a oportunidade de sentir e experimentar a compaixão de Deus”.
Segundo a empresária, o turismo
religioso é “o melhor nicho de mercado” no setor do Turismo, e Portugal “é um
exemplo extraordinário” disso mesmo, pela capacidade de oferta, não só para o
turismo católico, mas também para o judaico ou islâmico.
“Portugal tem uma
tamanha riqueza religiosa, histórica e cultural, que pode atrair turistas de
várias religiões e até abrir portas para os países mais próximos”, concluiu
Anne Breslin.
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