Capelães europeus denunciam «aumento do extremismo religioso» nas cadeias
Questão dominou encontro
internacional em Estrasburgo, com 60 representantes de 24 países.
O Encontro Europeu de Capelães
Prisionais, que terminou na quarta-feira (01/06) em Estrasburgo, França, sublinhou a
importância de salvaguardar a liberdade religiosa dos reclusos, face ao aumento
da “violência e do extremismo religioso” nas cadeias.
As conclusões do encontro,
enviadas à Agência ECCLESIA, realçam que nenhum recluso, independentemente da
sua condição, deve ser “privado da sua inalienável dignidade e dos seus
direitos”, que incluem “a liberdade de expressão e de religião”.
O encontro europeu em
Estrasburgo, que contou com a participação de cerca de 60 representantes da
pastoral das prisões, vindos de 23 países, teve como pano de fundo a
“radicalização” religiosa no meio dos estabelecimentos prisionais.
Os participantes recordam o que
está consagrado na Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que afirma o
“direito de cada pessoa a manifestar a sua religião em privado ou em público e
mesmo “o direito a mudar de religião ou de crença”.
Destacam ainda o papel do capelão
prisional enquanto “promotores do respeito pelos direitos humanos” e do
“bem-estar” dos presos, não só em termos espirituais mas sociais.
“Os capelães podem ser também um
instrumento válido na educação para o respeito pelas várias crenças. Uma espiritualidade
autêntica abre sempre à paz e ao respeito pelo outro”, pode ler-se.
Promovido em parceria pelo CCEE,
pela Missão Permanente da Santa Sé ao Conselho da Europa e pela Comissão
Católica Internacional da Pastoral das Prisões, o Encontro Europeu de Capelães
Prisionais serviu de preparação para o Jubileu dos Presos.
Um evento inserido no Ano da
Misericórdia que a Igreja Católica está a promover e que vai ter lugar dia 6 de
novembro em Roma.
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