Encontro religioso pede paz entre islã, judaísmo, budismo e cristianismo



Mais de 80 autoridades, embaixadores e representantes dos 40 países que fazem parte da Rota da Seda participaram nesta sexta-feira, em Valência, de um apelo conjunto à oração (multaqa) pela paz das quatro principais religiões praticadas ao longo da rota: islamismo, judaísmo, budismo e cristianismo.

O encontro religioso aconteceu no Museu São Pio V, durante o segundo encontro mundial da plataforma digital Rota da Seda, organizado pela Unesco e que chegará ao fim no próximo domingo.

O secretário regional do Turismo, Francisco Colomer, comentou sobre o projeto da nova Rota da Seda. "Historicamente fomos capazes de resolver nossas diferenças com violência, mas agora podemos fazer de outra maneira, temos que buscar no acervo de nossas culturas", afirmou.

"Na linguagem, encontramos conceitos como a cruzada, guerra santa, o povo escolhido, pureza de sangue, inquisição ou xenofobia, mas também é possível explorar nas mesmas culturas e encontrar noções como aliança, harmonia, concórdia ou miscigenação. Temos que procurar conversar sobre a melhor versão da condição humana", ressaltou Colomer.

O embaixador do Cazaquistão na Espanha, Bakyt Dyussenbayev, ressaltou o aprendizado que se pode ter com a Rota da Seda. "Foi um fenômeno econômico, político, cultural e inclusive religioso de onde podemos aprender várias lições", apontou.

Em seu discurso, o diretor do Museu São Pio V, José Ignacio Casar, destacou o valor simbólico do encontro religioso realizado no local e concordou com Colomer quando falou sobre as "situações de expulsão e retirada a força da população atualmente no Mediterrâneo".

O Museu Valenciano da Ilustração e a Modernidade (Muvim) receberá amanhã a sessão de encerramento, onde discursará o ex-diretor-geral da Unesco Federico Mayor Zaragoza.






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