A nossa Monja é pop - Por Daniel Nunes Gonçalves
Foi em 1973, nos cinco meses e vinte dias que passou presa em uma cela solitária no presídio de Frövi, na Suécia , por traficar LSD, que a paulistana Claudia Dias Batista de Souza descobriu a meditação. Moça de classe média alta do Pacaembu, ex-aluna do colégio de freiras Sion e filha de José Soares de Souza, braço direito do ex-governador Adhemar de Barros, Claudia sentia alívio ao repetir o mantra om. 'Aquilo me dava sensação de liberdade e trazia um pouco da transcendência que eu buscava nas drogas.' Prima dos mutantes Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, ela levava uma vida boêmia e já havia tentado o suicídio. Mas só viria a abandonar esse estilo de vida cinco anos depois de deixar a prisão. Em 1978, quando morava na Califórnia com um dos cinco maridos que teve - Paul Weiss, exiluminador de palco do roqueiro Alice Cooper -, conheceu o zen, uma das vertentes japonesas do budismo. Encantada, deixou o rapaz, mudou- se pa ra uma comunidade espiritual, raspou a cabeça e se conv...