Para Bento XVI, crise financeira é problema 'ético'


O papa Bento XVI afirmou hoje que a crise financeira europeia "se baseia na crise ética" e ressaltou a necessidade de uma "força motivadora" para aceitar as medidas de austeridade.

"No fim do ano, a Europa se encontra em uma crise econômica e financeira que, em última análise, baseia-se na crise ética que ameaça o Velho Continente", disse o Pontífice durante uma audiência com a Cúria Romana por ocasião do Natal.

Segundo Bento XVI, falta uma "força motivadora, capaz de induzir os indivíduos e grandes grupos sociais a renúncias e sacrifícios".

Ele também definiu como "indiscutíveis" a "solidariedade, o compromisso com os outros e a responsabilidade com os pobres e sofredores".

"Desta crise, emergem perguntas muito fundamentais: onde está a luz que pode iluminar o nosso conhecimento não só de ideias gerais, mas de imperativos concretos? Onde está a força que levanta a nossa vontade?", questionou o Papa.

Na mesma audiência, Bento XVI também relembrou algumas viagens e missões apostólicas realizadas neste ano, entre elas a ida à África, a qual definiu como "encorajadora".

De acordo com ele, a viagem ao Benin foi "um grande encorajamento", porque não "se percebe nenhum sinal de cansaço da fé, tão difundido entre nós. Nada daquele tédio de ser cristão, sempre percebido por nós", disse.

"Com todos os problemas, sofrimentos e penas que são próprios da África, experimenta-se, todavia, a alegria de ser cristão", comentou o Papa.

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