Patriarca Kirill defende Igreja Ortodoxa Russa


O líder da Igreja Ortodoxa Russa, Patriarca Kirill, reagiu aos recentes ataques à instituição. 
“Os gestos, as atitudes impensadas e as hostilidades que a Igreja Ortodoxa, seus sacerdotes e seus fiéis têm suportado nos últimos tempos são uma tentativa de minar as bases morais da sociedade e privá-la dos seus valores espirituais. Não aceitamos e não podemos concordar com tal situação. Por isso, determinamos a todos os membros da Igreja Ortodoxa, desde os membros da cúpula até os mais humildes sacerdotes, que, em todos os seus ofícios religiosos reafirmem os valores morais defendidos pela Igreja e a importância dos princípios que defende para toda a sociedade.”
A sequência de atos que a Igreja Ortodoxa define como “expressão de vandalismo” começaram em fevereiro deste ano, quando as integrantes do grupo de rock Pussy Riot subiram ao altar da Catedral do Cristo Salvador, a mais importante de Moscou, e utilizando trajes sumários começaram a se exibir e a gritar imprecações contra a instituição. 
A atitude motivou a prisão de algumas integrantes do grupo, que aguardam julgamento por vandalismo, desordem pública e ofensa ao sentimento religioso.
O Patriarca Kirill pediu aos membros da Igreja Ortodoxa Russa que reafirmem os valores morais em seus ofícios
Em sequência, templos da Igreja Ortodoxa na Rússia e em vários países da Comunidade de Estados Independentes foram invadidos e atacados. De lá para cá, as hostilidades têm-se multiplicado, a ponto de preocupar os fiéis e seus orientadores religiosos. Num dos seus recentes pronunciamentos, o Patriarca Kirill afirmou que a Igreja Ortodoxa Russa não é um partido político. 
“Não fazemos comícios nem temos cartazes para exibir. Nossos símbolos são os estandartes e os ícones da nossa religião. Quando nós e os nossos fiéis nos encontramos no interior das Igrejas, o nosso objetivo é o de rezar pela paz. Pedimos a Deus pela Rússia, pelo povo russo, pela família russa, pela paz nacional e internacional. Não nos afastamos destes objetivos nem abrimos mão destes princípios. Nós nos reunimos diante do Senhor não para fazer política, mas para pedir a Deus que proteja o povo russo, especialmente a sua juventude, contra tentações, provocações e sugestões diabólicas que têm o único objetivo de destruir o país, a sua sociedade e o seu futuro, representado pelos jovens.”

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