Alunos e professores de universidades federais em greve realizam ato no centro de São Paulo - Por Rede Brasil Atual
Docentes e estudantes das universidades federais que estão em greve farão na próxima terça-feira (12/06) uma manifestação no centro de São Paulo.
O ato contará também com servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), que discutirão as principais reivindicações da paralisação, que reúne 51 instituições federais. A manifestação será realizada em frente à Bolsa de Valores de São Paulo, a partir das 11 horas.
A pauta central da greve nacional dos docentes é a valorização da carreira da categoria. Na terça-feira (6), uma marcha nacional reuniu mais de dez mil servidores em Brasília, reivindicando a valorização do serviço público federal.
Após a passeata na Esplanada dos Ministérios, uma plenária que reuniu 800 pessoas de diversas entidades sindicais aprovou uma greve geral do funcionalismo, a partir do dia 11 de junho.
Entre os sindicatos que aprovaram o início da paralisação está a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), entidade nacional que representa os servidores técnico-administrativos das universidades federais. A greve estudantil já foi iniciada total ou parcialmente em cerca de 30 federais e na Unifesp já atinge cinco dos seis campi.
No mesmo dia da Marcha, representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) se reuniram com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Foi o primeiro encontro com o governo desde o início da greve nas universidades federais, em 17 de maio.
O ministro informou que as negociações com o Ministério do Planejamento continuarão e que uma nova reunião deve acontecer na próxima semana. Ele afirmou ainda que o prazo para as negociações é 31 de julho e que os resultados dependeriam do impacto da crise financeira internacional na economia do Brasil.
“A greve é forte e o chamado do Ministro para a reunião reafirma isso. Já são 51 instituições paradas. Nós queremos a reestruturação da carreira, para uma mais simples, que valorize o trabalho docente e permita oferecermos ensino de qualidade. Para isso precisamos também de condições de trabalho, de salas de aula, laboratórios, bibliotecas”, disse Marina Barbosa, presidente do Andes, após a reunião.
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