Autor que propõe 'Uma Nova Reforma Protestante' motiva os cristãos a terem discernimento - Por Amanda Gigliotti
O livro
“Eu quero uma Igreja –
Uma Nova Reforma Protestante”
um clamor pela união dos cristãos em uma
igreja em unidade centrada em Cristo, expõe a tristeza das dissensões, porfias,
corrupção, e práticas estranhas ao Evangelho dentro da igreja evangélica
brasileira e urge que os cristãos tenham discernimento.
O autor do livro, Ádryan
Krysnamurt Edin da Luz vem de uma família evangélica, que já passou pelas
Igrejas Presbiteriana Renovada, Batista Independente e Assembleia de Deus.
Ele
vivenciou diversas frustrações que o levaram ao sonho, que ele diz ser de Deus,
de promover o movimento da “Nova Reforma Protestante”. Isso, entretanto, não deve
ser entendido como a abertura de uma nova igreja ou algo mais 'complicado', mas
segundo ele, simplesmente, a união dos cristãos no degrau de “amor”, “comunhão
plena”, e “unidade”.
Ádryan conta no livro como foi o
processo de sua caminhada dentro de sua congregação, suas experiências ruins e
o fortalecimento na fé. Depois de muitas lições, ele, mais maduro, afirma
entender mais sobre amar e tolerar.
Ele deseja, assim, que através
disso, os escandalizados com a igreja, possam se encontrar e adorar a Deus,
juntamente com diversas outras pessoas de diversas denominações e partes do
mundo, reunindo-se online, com cultos e debates, estudos bíblicos e um programa
de perguntas e respostas.
Uma das principais coisas que
Ádryan urge aos cristãos no seu livro, é o discernimento. Ele ressalta, através
de exemplos de suas frustrações dentro da igreja, que os cristãos devem
aprender a examinar e reter o bem e ter o discernimento do espírito.
Como a classificação de Paulo
sobre os três tipos de pessoas que iam à Igreja de Corinto, ele explica que há
3 classes de crentes: a classe dos naturais; dos carnais; e dos espirituais.
Sobre os carnais ele afirma, “que
em vez de compararem coisas espirituais com espirituais, ficam tomando como
base, filosofias, antropologias, esoterismo, numerologia, simbologia, ou
quaisquer outras ciências humanas”.
A segunda classe, ele diz, são os
espirituais, que todos devem ser e proceder assim, citando a passagem de 1
Corintios 2: 15: “‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é
discernido’. “Dê sempre valor a cada palavra bíblica e cada pontuação. Note a
expressão ‘tudo. O espiritual discerne bem tudo.’”
A terceira classe seria a dos
carnais, “que eram pra ser exemplos de caráter, moral, vida prática, mas não
evoluíram”. Segundo ele, Paulo exorta severamente no capítulo três e versículo
primeiro: “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a
carnais, como a criancinhas em Cristo”.
Assim, o autor afirma, apesar de
as pessoas serem templos do Espírito Santo, tem grandes probabilidades de
cometer erros, distorções e heresias nos púlpitos. E os ouvintes podem receber tanto
a “Palavra Inspirada”, quanto a “doutrina de demônios”.
A palavra pode, então, vir a
partir de três fontes: divinas, naturais/carnais ou diabólicas. Os que ouvem,
ele diz, devem avaliar e ter o discernimento correto. Os carnais, por exemplo,
são aqueles presunçosos que querem glória para si, aponta ele.
“Observe; aprenda a prática de
ser um observador. Logo em seguida, critique; mas lembre-se, lógico, crítica
construtiva e não destrutiva; fofoca, mexerico, contenda, partidos da oposição
dentro da igreja, isso é destrutivo.”
“E por último, determine, ou
julgue. Examina-se, critica-se, pra depois julgar e ter uma posição sobre o que
está sendo proferido; vaticinado na igreja. Não só no dom de profecia, mas na
pregação principalmente, pois no uso da Palavra é que se tem que julgar, afinal
a Palavra de Deus é a maior profecia, como bem sabemos.”
Uma de suas indignações com as
pregações, ele diz que foi ouvir um pregador dizer, “’Quantos aqui acreditam
que nós somos os que vieram da grande tribulação com vestes salpicadas de
sangue, levantem suas mãos e glorifiquem!’”
“Desde quando somos a igreja que
veio da grande tribulação? Não vamos subir no arrebatamento?” questiona Ádryan.
“Todos nós pentecostais, sejam
pré-tribulacionistas, ou os pós-tribulacionistas, acreditamos que vamos ser
arrebatados e não vamos ficar aqui!”
Ele afirma que graças ao dom de
discernimento de espírito recebido por Deus, “Eu sei quando alguém está
mentindo, e quando está falando a verdade. Bem sei, quando é de Deus, quando é da carne, e quando é do maligno.”
Ádryan relembra porém que a
Palavra de Deus é mais importante do que qualquer outro dom.
Ele cita a experiência no livro
de Atos em que um profeta, Ágabo, que havia descido da Judéia avisou a Paulo
que ele seria entregue às mãos dos gentios em Jerusalém. Apesar de rogar a
Paulo que este não fosse lá por causa da sua revelação pelo Espírito Santo,
Paulo fez a vontade de Jesus afirmando estar pronto até para a morte pelo nome
dEle.
“Visões, revelações, sonhos,
experiências sobrenaturais, não podem sobrepor, nem se quer equivaler à
Palavra.(...) Paulo já sabia muito bem que a Palavra é maior, sobretudo, porque
é a maior profecia.”
Segundo ele, a tendência do ser
humano é de tentar impedir o sofrimento “o povo, a igreja, tende a ter uma paixão
de acreditar e obedecer, tremer e temer as profecias”.
Mas faz a ressalva de
que os cristãos devem “reter o que é bom”, mas “a Palavra de Deus é maior do
que qualquer experiência particular.”
Sua conclusão, contudo, é de que
os cristãos devem discernir bem, pois há “tantas seitas, heresias, inovações,
alterações, pós-modernismo, e a propagação da cultura grega
retornando com força”.
Mas ensina que “o dom de
discernimento do espírito não pode ser de maneira nenhuma confundido com, a
percepção aguçada de alguém inteligente, observador, nem tão pouco com o sensor
que algumas pessoas têm em especial, nem ainda com a ‘adivinholatria’, ou
qualquer coisa semelhante.”
Ele urge assim, que os cristãos
peçam a Deus esse dom, pois “discernir é como limpar um quintal (…)” “Limpemos nossa alma sempre, e
assim viveremos uma vida de edificação a nós mesmos e aos que estão ladeados.”
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