Série Conversas de fim de ano – Por Joana Gorjão Henriques
Nesta época, há temas que pairam
nas nossas conversas. Por isso criámos a série Conversas de fim de ano.
Escolhemos dez temas, organizados em cinco blocos, para os quais entrevistámos
dez peritos em diferentes áreas: consumismo e poupança; família e viver sozinho;
religião e ateísmo; amor e violência; optimismo e pessimismo.
Ao longo de cinco dias seguidos,
excepto o dia 25, em que não há edição papel, publicaremos cada bloco na edição
impressa e no PÚBLICO online, onde disponibilizaremos também infografias e a
versão integral das entrevistas, um exclusivo para leitores que assinam o
jornal, o que agora pode ser feito diariamente por 0,60 euros.
Começamos no sábado com os temas
consumismo e poupança. Lauren Andersen, directora de inovação do britânico Collaborative
Lab, fala sobre a nova tendência da economia da partilha. É um mercado em
expansão, que se baseia na ideia de comunidade e põe de lado o consumismo
desenfreado. Stan Stalnaker, fundador do Hub Culture, criou uma nova moeda
digital, a Ven, mais imune às taxas de câmbio, ele perspectiva um mundo em que
cada um terá a sua própria moeda digital.
Para debater o tema da família
entrevistámos o mediador William Ury, o
co-fundador do Programa de Negociação em Harvard, dá-nos este domingo a
perspectiva do conflito familiar e forma de o gerir. O sociólogo Eric
Klinenberg, autor de Going Solo: The Extraordinary Rise and Surprising Appeal
of Living Alone, e professor na New York University, fala-nos daquela que
considera ser a maior tendência social desde o baby boom, o aumento do número
de pessoas que vivem sozinhas e desconstrói mitos.
Na véspera de Natal, o americano
John Haught, teólogo e Senior Fellow do Woodstock Theological Center da
Georgetown University, debate a relação entre ciência e religião, tema a que se
dedica há anos. O esloveno Slavoj Zizek, conhecido pelo seu ateísmo,
explica-nos com o entusiasmo habitual porque é que não acredita em Deus.
Com o Ano Novo a aproximar-se, a
antropóloga americana Helen Fisher, autora de inúmeros estudos sobre o amor,
descreve os efeitos bioquímicos de um estado que compara a uma droga e explica
alguns dos motivos que nos fazem apaixonar por uma pessoa e não por outra é na
quarta-feira. Numa altura em que se volta a debater o porte de armas nos
Estados Unidos, Marc Goodman, especialista em novas formas de crime e que
trabalha com organizações como a Interpol e as Nações Unidas, revela como serão
os crimes do futuro.
Na altura de saltar para 2013,
vamos ser optimistas ou pessimistas? Na quinta-feira a neurocientista britânica
Tali Sharot, da University College London, autora do livro The Optimism Bias,
tem a resposta: provavelmente vamos ser optimistas porque somos sempre mais
ilusoriamente optimistas em relação a nós próprios do que em relação aos
outros. O psicólogo asiático-americano Edward Chang, director do Laboratório
Perfeccionismo, Optimismo e Pessimismo da University of Michigan, fala de
diferenças culturais e aconselha a ser um pouco de tudo: pessimista para termos
os pés no chão, optimista para seguirmos em frente.
Calendário de publicação
- Consumismo e poupança,
entrevista a Lauren Anderson e Stan Stalnaker: dia 22 de Dezembro
- Família e viver sozinho,
entrevista a William Ury e Eric Klinenberg: dia 23 de Dezembro
- Religião e Ateísmo, entrevista
a John Haught e Slavoj Zizer: dia 24 de Dezembro
- Amor e crime, entrevista a
Helen Fisher e Marc Goodman: dia 26 de Dezembro
- Optimismo e pessimismo,
entrevista a Tali Sharot e Edward Chang: dia 27 de Dezembro
Fonte: http://www.publico.pt
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