“A relevância da religião no século 21″ é debatida entre ateus e religiosos - Por Jarbas Aragão
O conhecido autor e biólogo ateu
Richard Dawkins descreveu a religião como algo “redundante e irrelevante” para
o século 21.
A declaração foi feita durante um debate com Rowan Williams,
ex-arcebispo de Canterbury, autoridade máxima da Igreja Anglicana.
Os dois tiveram a oportunidade de
falar sobre o assunto na prestigiada
Universidade de Cambridge esta semana.
Com 200 anos de existência, os debates são uma tradição daquela instituição de
ensino.
Dawkins argumentou que a religião
impedia o esforço científico por que “divulga falsas explicações” sobre
questões importantes. Ele fez essa e outras declarações diante de uma plateia
de cerca de 800 alunos e convidados, que lotaram o auditório da universidade.
Williams discordou, dizendo que a
religião, sem dúvida, tem seu ugar no século 21 e que a questão não era se ela
precisa existir, mas qual deve ser nossa atitude para com ela. Lembrou que os
conceitos modernos sobre direitos humanos, por exemplo, são baseados nas
tradições cristãs de valorização do homem.
No início de seu discurso, o
professor Dawkins fez uma comparação provocativa entre as tradições cristã e
islâmica. Em seguida, ressaltou que sua preocupação central nunca foi se a
religião é verdadeira, para ele tudo resume-se a uma “fuga”. “É uma traição do
intelecto, uma traição de tudo o que há de melhor naquilo que faz de nós humanos”,
ressaltou.
“É um falso substituto para uma
explicação plausível, algo que parece responder algumas perguntas, até que você
examina bem e percebe que não é possível”.
E acrescentou que, no mundo científico, a religião é apenas um “impostor
pernicioso”.
Em seu discurso, Williams disse:
“A religião sempre auxiliou na construção de uma comunidade, na construção de
relações de compaixão, sentimento de companheirismo e de inclusão”. Acrescentou
que o respeito pela vida humana e a igualdade dos seres humanos inerente a
todas as religiões organizadas.
Também estavam presentes no
evento, Andrew Copson, secretário-executivo da Associação Humanista Britânica e
Murray Douglas, fundador do Centro para a Coesão Social. No final do debate, foi
feita uma votação entre os presentes. A maioria da Câmara afirmou que a
religião tem, sim, um lugar no mundo do século 21.
Fonte: Com informações Independent e http://noticias.gospelprime.com.br
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