A melhor educação do mundo é 100% estatal, gratuita e universal - Por Blog do Tarso
A Finlândia tem
a melhor educação do mundo. Lá todas as crianças tem direito ao mesmo ensino,
seja o filho do empresário ou o filho do garçom.
Todas as escolas são
públicas-estatais, eficientes, profissionalizadas. Todos os professores são
servidores públicos, ganham bem e são estimulados e reconhecidos. Nas escolas
há serviços de saúde e alimentação, tudo gratuito.
Na Finlândia a
internet é um direito de todos. A Finlândia se
destaca em tecnologia mais do que os Estados Unidos da América. Sim, na
Finlândia se paga bastante impostos: 50% do PIB. O país dá um
banho nos Estados Unidos da América em matéria de educação e de não corrupção. Na Finlândia se
incentiva a colaboração, e não a competição. Mas os
neoliberais-gerenciais, privatistas, continuam a citar os EUA como modelo.
Difícil o Brasil
chegar perto do modelo finlandês? Quase impossível. Mas qual modelo devemos
perseguir? Com certeza não pode ser o da privatização. Veja o seguinte
documentário, imperdível, elaborado por estadunidenses. Em inglês, com legendas
em espanhol: Leia abaixo matéria originalmente publicada no Diário do Centro do Mundo que
trata da excelência do sistema de educação da Finlândia, reverenciado em todo o
mundo.
Por que o sistema de educação da Finlândia é tão reverenciado
Acaba de sair um
levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a
revista Economist, a Pearson.
É um comparativo
no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se
pudesse fazer o estudo. Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria
rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com
o México e a Indonésia.
Surpresa?
Dificilmente.
Assim como não
existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma
região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno. Foi a Finlândia
a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas
competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são
compreensão e redação, matemática e ciências.
A mídia
internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e
empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.
Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma
autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e
também aí não tenho o direito de me surpreender.
Algumas coisas
básicas no sistema finlandês:
1) Todas as
crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do
porteiro.
2) Todas as escolas
são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e
também comida.
3) Os
professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.
4) As
crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de
reforço.
5) Nos
primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.
6) Os alunos
são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados
Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que
fala.)
Isto é uma
amostra, apenas.
Claro que, para
fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de
cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)
Já escrevi
várias vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar
impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa. Não é à toa que,
também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam
sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.
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