Igreja quer comunicar «esperança» face a crise e «cultura de morte»

A Igreja Católica quer transmitir uma mensagem de esperança à Europa marcada pela crise económica e pela “cultura da morte”, assumem os porta-vozes dos episcopados católicos do continente, que se reuniram em Bucareste, capital da Roménia.

“A atual crise financeira e as respostas que lhe foram dadas mostram claramente que muitas vezes a economia se tornou o principal parâmetro para avaliar as normas, o que apenas reduz a margem de decisão do indivíduo”, alertam os participantes no encontro promovido no Conselho das Conferência Episcopais da Europa (CCEE), no texto conclusivo do encontro, enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Segundo os responsáveis para a área da comunicação, há “muitos cidadãos que se sentem perdidos e desiludidos” pelas instituições europeias, num momento em que o continente é “mais percorrido por uma vaga de incerteza do que pelo desejo do futuro”.

O texto final aponta para a influência dos chamados “novos direitos”, apresentados como um fruto da “sociedade em que o individualismo reina e onde tudo o que possível tem de ser tornado lícito através da lei”, dando como exemplos o aborto e a eutanásia.

“É particularmente importante sublinhar que muitas vezes há uma linguagem que se inspira no direito para afirmar uma prática, uma cultura da morte que, no fim de contas, mais não é do que uma tentativa de o homem se subsistir a Deus”, assinala o documento.


Portugal foi representado no encontro que se concluiu este sábado pelo padre Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, e por Paulo Rocha, diretor da Agência ECCLESIA.




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