Natureza, não religião – Por Carlos Gazeta
A população brasileira está
finalmente começando a se levantar em protestos, em sua maioria calados pela
mídia, contra a agenda de abominações que se vem tentando impor à força como se
fosse não apenas normal, mas consensual.
Para o grosso da população, já
chegaram a níveis intoleráveis o desprezo pela vida humana, especialmente do
nascituro, do idoso e do deficiente; a exigência de que a perversão sexual não
seja apenas tolerada, mas celebrada; a definição da identidade em função da
libido; a redução do matrimônio a um contrato revogável de sexo e dinheiro; a
celebração da prostituição; o racismo aberto e descarado das cotas e
demarcações absurdas de terras; a proteção dos criminosos em detrimento das
vítimas; a negação “vadia” da dignidade feminina como meio mágico de
supostamente afirmá-la; a negação peremptória do fenômeno religioso; a negação
da existência de uma Justiça objetiva...
O truque empregado pela brutal
elite dita progressista que domina o Estado e a mídia para calar a voz de
praticamente toda a população brasileira é acusar de “fundamentalismo religioso
atentando contra o Estado laico” qualquer suspiro contrário aos absurdos
crescentes que nos vêm sendo impostos. Alguns vão ainda mais longe, e apontam o
suposto perigo da implantação de uma teocracia (!) no Brasil.
Ora, o fundamentalismo religioso
é o que separa religiões, não o que as une; é o que leva sunitas a matar xiitas
e ambos a matar cristãos e judeus. Protestos como o ocorrido em pleno dia útil
em Brasília, reunindo uma multidão de espíritas, protestantes, católicos,
seguidores de religiões orientais e agnósticos, são o oposto diametral do
fundamentalismo religioso. São o pesadelo do fascista, do comunista e do
teocrata.
O que há em comum entre todos os
que reagem contra as imposições absurdas ora em curso não é uma religião, e sim
o respeito à natureza humana atacada ou, na melhor das hipóteses, ignorada por
elas. Toda religião, assim como qualquer filosofia que reconheça a existência
do humano, levanta-se contra as abominações que nos querem fazer engolir.
O que
faz com que se reúnam as pessoas de boa vontade em protesto contra essa agenda
nefanda é a necessidade de respeito à ordem natural, a percepção de que o que
se vem impondo é o caos, a negação da dignidade humana.
Ditatorial, antidemocrático e
contrário aos desejos da população é o caos antinatural que nos vem sendo
imposto. O perigo fascista não está numa impossível teocracia ecumênica, mas
nos ataques estatais à natureza humana.
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