Pesquisa inédita internacional é apresentada em Congresso Mundial e traça um perfil dos estudantes das universidades católicas
Uma prévia do perfil do jovem
estudante das universidades católicas do mundo foi revelada na manhã deste
sábado, 20 de julho, durante o Congresso Mundial de Universidades Católicas
(CMUC), que ocorreu na PUC Minas.
Os pesquisadores espanhóis Monteserrat Alom e
Nicolas Vergier ficaram incumbidos de apresentar ao público os dados primários
referentes a um grande estudo encomendado pela Federação Internacional de
Universidades Católicas (FIUC) e que foi coordenado pela também espanhola
professora Rosa Aparicio Gómez, do Instituto Universitário Ortega y Gasset.
De acordo com Monteserrat Alom, a
demanda da pesquisa, nomeada de As culturas dos jovens das universidades católicas,
surgiu a partir de uma constatação dos professores e gestores das instituições
sobre o comportamento do jovem, que está vivendo as mudanças rápidas e intensas
do mundo contemporâneo.
“Elaboramos um questionário de 84 perguntas com questionamentos sobre crenças, participação social, aspirações, utilidade do tempo, estudos e avaliações sobre a sociedade, as instituições e a política. O resultado foi uma pesquisa com 16.471 estudantes de 55 universidades e 35 países, que passaram dados reveladores que podem ser utilizados para repensar as propostas pedagógicas em nível governamental”, destacou Monsterrat Alom.
Dos estudantes entrevistados, 64% são mulheres e 36%, homens, sendo em sua maioria de classe média alta, demonstrando, assim, que o público das universidades católicas está em ascensão econômica. Outro dado interessante é sobre o interesse em estudar em uma instituição católica. “Tivemos uma surpresa muito positiva. Dos entrevistados, 83% escolheram por conta própria a instituição e 90% estão satisfeitos com a decisão”, afirma Alom.
O questionário mostrou ainda que a maioria dos alunos não estuda todos os dias, mas que eles conseguem fazer o suficiente para passar nas provas. Já o quesito sobre envolvimento com política e atividades sociais ficou abaixo do esperado.
“A sensibilidade social do jovem de hoje é muito pequena e seu envolvimento nas atividades dentro e fora da universidade que envolvem a sociedade e a religião é mínimo. O tempo livre hoje é gasto, de forma unânime, com a televisão, com os amigos e com internet, em especial as redes sociais”, afirmou Nicolas Vergier.
Geração imediatista
Ao falar sobre aspirações e expectativas para o futuro, a pesquisa confirma a fama de viver o presente da nova geração, chamada pelos pesquisadores de imediatista. “Para a maioria dos jovens, o futuro já é o presente. Eles não pensam à frente, pois já querem conquistar tudo”, completa Vergier.
Os dados mostram que 71% dos jovens estão otimistas com o futuro e que 62% têm como principal projeto conseguir um bom trabalho. Já 45% deles colocaram em seus rankings de realizações a formação de uma família.
A apresentação foi concluída pelo pesquisador brasileiro Walter Prysthon, que fez uma releitura da pesquisa. De acordo com o pesquisador, o tempo na universidade amplia os horizontes dos jovens, permitindo a criação de novos sentidos, por isso as universidades católicas devem se reapropriar diariamente do seu papel de instituição transformadora.
“Os jovens de hoje sentem falta de referências, possuem pouca sensibilidade social e abertura cultural. As recentes manifestações no Brasil nos dão um pouco de esperança. Talvez este seja o ‘pontapé’ que precisamos. Minha sugestão é que todos saiam do ‘entre nós’, ou seja, das realidades do nosso próprio entorno, e comecem a enxergar a perspectiva dos outros”, finaliza Prysthon.
“Elaboramos um questionário de 84 perguntas com questionamentos sobre crenças, participação social, aspirações, utilidade do tempo, estudos e avaliações sobre a sociedade, as instituições e a política. O resultado foi uma pesquisa com 16.471 estudantes de 55 universidades e 35 países, que passaram dados reveladores que podem ser utilizados para repensar as propostas pedagógicas em nível governamental”, destacou Monsterrat Alom.
Dos estudantes entrevistados, 64% são mulheres e 36%, homens, sendo em sua maioria de classe média alta, demonstrando, assim, que o público das universidades católicas está em ascensão econômica. Outro dado interessante é sobre o interesse em estudar em uma instituição católica. “Tivemos uma surpresa muito positiva. Dos entrevistados, 83% escolheram por conta própria a instituição e 90% estão satisfeitos com a decisão”, afirma Alom.
O questionário mostrou ainda que a maioria dos alunos não estuda todos os dias, mas que eles conseguem fazer o suficiente para passar nas provas. Já o quesito sobre envolvimento com política e atividades sociais ficou abaixo do esperado.
“A sensibilidade social do jovem de hoje é muito pequena e seu envolvimento nas atividades dentro e fora da universidade que envolvem a sociedade e a religião é mínimo. O tempo livre hoje é gasto, de forma unânime, com a televisão, com os amigos e com internet, em especial as redes sociais”, afirmou Nicolas Vergier.
Geração imediatista
Ao falar sobre aspirações e expectativas para o futuro, a pesquisa confirma a fama de viver o presente da nova geração, chamada pelos pesquisadores de imediatista. “Para a maioria dos jovens, o futuro já é o presente. Eles não pensam à frente, pois já querem conquistar tudo”, completa Vergier.
Os dados mostram que 71% dos jovens estão otimistas com o futuro e que 62% têm como principal projeto conseguir um bom trabalho. Já 45% deles colocaram em seus rankings de realizações a formação de uma família.
A apresentação foi concluída pelo pesquisador brasileiro Walter Prysthon, que fez uma releitura da pesquisa. De acordo com o pesquisador, o tempo na universidade amplia os horizontes dos jovens, permitindo a criação de novos sentidos, por isso as universidades católicas devem se reapropriar diariamente do seu papel de instituição transformadora.
“Os jovens de hoje sentem falta de referências, possuem pouca sensibilidade social e abertura cultural. As recentes manifestações no Brasil nos dão um pouco de esperança. Talvez este seja o ‘pontapé’ que precisamos. Minha sugestão é que todos saiam do ‘entre nós’, ou seja, das realidades do nosso próprio entorno, e comecem a enxergar a perspectiva dos outros”, finaliza Prysthon.
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