Religiosos fazem lobby para Dilma vetar projeto que dá assistência a vítimas de estupro
Em meio à Jornada Mundial da
Juventude (JMJ), que ocorre a partir de hoje no Rio de Janeiro, a presidente Dilma
Rousseff (PT) tende a sofrer ainda mais pressão de setores da Igreja
Católica.
A polêmica da vez se refere ao projeto que regulamenta atendimento na
rede pública de saúde a mulheres vítimas de violência sexual. Religiosos
querem que Dilma vete o projeto na íntegra.
O texto, aprovado este mês no
Congresso, prevê a chamada “profilaxia da gravidez”, ou seja, interromper
preliminarmente uma possível gestação oriunda de violência sexual. Para os
membros da Igreja, tal ponto é uma brecha para a legalização indireta do
aborto.
A proposta da deputada Iara
Bernardi (PT-SP) determina que a rede pública de saúde terá que garantir, além
do tratamento das lesões físicas e do acompanhamento psicológico, os meios de
evitar que a mulher vítima de estupro tenha gravidez indesejada. Este é o
artigo mais polêmico.
A intenção de alguns setores da
Igreja, contrários ao projeto, é aproveitar a (JMJ) e a presença do papa
Francisco para sensibilizar a presidente a vetar a proposta em sua totalidade.
Dilma terá que decidir até 1º de agosto, quando termina o prazo para que ela
analise a aprovação dos parlamentares.
Enquanto isso, movimentos
feministas pressionam para que o projeto seja aprovado também na íntegra. Na
semana passada, dezenas de entidades encaminharam ao Planalto uma carta aberta.
Para o grupo, o projeto “representa um reforço legal precioso para as
orientações que regem o atendimento à saúde de mulheres e adolescentes vítimas
de violência”.
Fonte: http://www.opovo.com.br
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