Candidatos do PT, PMDB e PSDB buscam apoio dos evangélicos em campanha pelo governo do estado em São Paulo - Por Tiago Chagas
A disputa pelo Palácio dos
Bandeirantes, sede do governo paulista, nas eleições deste ano tem levado os
pré-candidatos de PT, PSDB e PMDB a buscarem o apoio das igrejas evangélicas,
que somam aproximadamente 25% do eleitorado no estado.
O petista Alexandre Padilha, ex-
ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff, tentou driblar a desconfiança
dos evangélicos numa visita a uma conferência em Guarulhos. Para isso, evocou
seu pai, que é membro de uma igreja metodista, e afirmou que Deus tem ajudado o
governo petista a conduzir o Brasil:
“Vocês sabem que o presidente Lula começou
no país uma era de crescimento, de ascensão, de redução da pobreza. E todos nós
sabemos o quanto tem o dedo de Deus no crescimento individual no nosso país”.
Já o atual governador e candidato
à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), esteve presente no culto de celebração
pelos 100 anos do pastor Enéas Tognini, realizado na Igreja Batista do Povo, na
capital paulista. Durante o culto, Alckmin se esforçou para acompanhar os
louvores e participar das orações e meditações. “Feliz a cidade, feliz o
Estado, feliz a nação cujo Deus é o Senhor”, disse o governador, quando recebeu
a palavra.
“O governador já foi a todas as
igrejas evangélicas que você pode imaginar. Ele vai ao interior e é convidado a
participar de cultos, assim como a missas”, disse o presbítero Geraldo Malta
(PSDB), segundo informações do Jornal Floripa.
A investida dos tucanos envolve
ainda a primeira-dama Lu Alckmin, que tem acompanhado o marido nos encontros
com as lideranças evangélicas pelo estado e cumprirá agenda própria em
encontros com pastoras, em busca de apoio à candidatura do marido.
Já Paulo Skaf, presidente da
Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) e pré-candidato do PMDB ao
governo estadual, pretende contar com o apoio de um milhão de evangélicos nas
próximas eleições. Skaf traçou um plano que inclui, além das visitas a cultos e
encontros com lideranças, o engajamento dos fiéis na campanha.
“Pretendemos
consolidar o apoio de mil lideranças [evangélicas]. Cada uma buscará mais cem
pessoas, que buscarão mais dez, o que dá um milhão de eleitores”, afirmou o
pastor Renato Galdino, coordenador do núcleo evangélico do PMDB no estado.
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