Cidade feita de barro no Irã abriga mesquita mais antiga do país – Por Marcos UchôaIrã
Em Yazd, as construções feitas de
terra e lama resistem a séculos. Mesquita considerada a primeira do país tem aproximadamente 1300 anos.
Em Yazd, no Irã, as construções
feitas de terra e lama resistem a séculos dos ataques de humanos e da natureza.
Uma mesquita, considerada a primeira do país, tem aproximadamente 1300 anos.
Tem certas fortalezas que
impressionam. Afinal são séculos e séculos resistindo aos ataques de humanos e
da natureza e no fim das contas você olha e tudo e feito de terra, de lama, de
pó, primeiro material que o homem moldou e pode usar para construir algo para
se proteger.
No Irã, que tem algumas das
cidades mais antigas do mundo, algumas das construções sobrevivem. Uma
mesquita, considerada a primeira do país, tem aproximadamente 1300 anos.
Ela está danificada porque foi
feita no local que antes era o templo do zoroastrismo. Zoroastro vem de
zaratustra, que foi quem criou a religião de milhares de anos e que até a
chegada dos árabes, era a mais praticada na Pérsia, hoje chamada de Irã.
Zaratustra dizia que se deveria
rezar em direção à luz, e como o fogo era a única fonte de luz que o ser humano
controlava, cada templo mantinha e mantém uma espécie de fogo eterno. É uma religião que tem na sua essência a proposta: boas palavras, bons
pensamentos, boas ações.
O zoroastrismo é conhecido também como mazdaísmo ou magismo por conta do deus deles, Ahura Mazda. Os três reis magos que visitam Jesus logo depois do nascimento dele, são reis do zoroastrismo.
O uso de árvore de Natal com presentes e velas originalmente também vem da religião. Yazd é o centro da região grudada no deserto. Marco Polo passou pelo local no século 13 a caminho da China e a descreveu como um centro de comércio.
Muito original são as torres
chamadas de badgir, que captavam qualquer brisa quente e resfriava, uma espécie
de ar condicionado natural.
Na periferia da cidade encontramos, numa fábrica de tijolos, trabalhadores afegãos. Eles são os pobres do Irã, fazem os trabalhos mais difíceis e mal pagos. Na beira do deserto, no frio do inverno e na fornalha do verão, é uma vida dura para produzir algo que tecnologicamente ainda é o mesmo produto há séculos.
Na periferia da cidade encontramos, numa fábrica de tijolos, trabalhadores afegãos. Eles são os pobres do Irã, fazem os trabalhos mais difíceis e mal pagos. Na beira do deserto, no frio do inverno e na fornalha do verão, é uma vida dura para produzir algo que tecnologicamente ainda é o mesmo produto há séculos.
Mas logo perto vemos o progresso,
uma fábrica de azulejos. No local trabalham principalmente mulheres, que têm
mais paciência, capricho e que recebem salários menores ainda que os afegãos.
Medir, desenhar, pintar, cada azulejo é feito a mão.
Na cidade se encontra o resultado
de uma passagem da sem graça cor do barro para a explosão de cores que se pode
ver de uma mesquita. Imaginem o que não foi na região a construção de algo tão
vivo. O prazer que não passou a ser vir rezar no local. Embora uma das imagens
mais comuns tenha no Ocidente uma lembrança bem negativa.
Embora a suástica tenha sido um símbolo mais conhecido por ter sido usado e abusado pelos nazistas, ela é um símbolo muito antigo, de milhares de anos. As quatro pontas representam o infinito, a passagem do tempo, o nascimento e a morte.
Em Yazd e no Irã se esbarra o tempo todo nessa noção da passagem do tempo, se vê como coisas atuais tem uma história tão antiga. A única coisa que não muda é a velha simpatia.
Embora a suástica tenha sido um símbolo mais conhecido por ter sido usado e abusado pelos nazistas, ela é um símbolo muito antigo, de milhares de anos. As quatro pontas representam o infinito, a passagem do tempo, o nascimento e a morte.
Em Yazd e no Irã se esbarra o tempo todo nessa noção da passagem do tempo, se vê como coisas atuais tem uma história tão antiga. A única coisa que não muda é a velha simpatia.
Fonte: http://g1.globo.com
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