Humanizar para quê? – Por José Cláudio Romero
Para algumas pessoas, os
hospitais são verdadeiros lares, já que, enfermas, elas precisam passar boa
parte de suas vidas nestes locais.
Neste sentido, a principal missão das
unidades de saúde é prestar o melhor atendimento a seus pacientes tanto em
consultas, exames, quanto em cirurgias e demais procedimentos. Para que isso
seja possível, os hospitais precisam estar em constante aperfeiçoamento de seus
serviços e promovendo, cada vez mais, inovações que beneficiem seus usuários,
acompanhantes, visitantes e colaboradores.
A humanização dos serviços
prestados e da estrutura das unidades de saúde é a peça principal para que essa
constante melhoria aconteça. Humanizar a assistência significa agregar valores
éticos, respeitosos e solidários ao ser humano. A humanização deve ser pautada
no contato humano, na forma acolhedora de receber os usuários, sem preconceito
e moldes de juízos de valores.
A Política Nacional de Humanização do Ministério
da Saúde traz que a humanização é a valorização dos diferentes sujeitos
implicados no processo de produção de saúde e enfatiza a autonomia e o
protagonismo desses sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o
estabelecimento de vínculos solidários e a participação coletiva no processo de
gestão, que envolve administradores, trabalhadores e usuários.
Um hospital humanizado é aquele
que possui uma estrutura tecnológica, física e administrativa que caminhem na
linha tênue do respeito à dignidade de cada pessoa.
Um profissional humanizado
é aquele que possui como características imprescindíveis a competência, a
maturidade emocional, a ética profissional, a atenção em se atualizar
constantemente sobre os assuntos técnicos tratados e que entende, sobretudo, a
importância de ser atencioso, cuidadoso e harmonioso com aqueles que precisam
de seus serviços e cuidados.
O Hospital Alberto Rassi, HGG é um exemplo de
hospital humanizado, que se preocupa com a qualidade do atendimento oferecido e
com o bem estar de seus pacientes e demais usuários.
O grande marco da humanização
aconteceu com o Centro de Terapia Intensiva (CTI). Vista por muitos como um
lugar sombrio, silencioso e o último estágio antes da morte, a UTI do HGG foi
completamente transformada, rompendo pensamentos arcaicos e sendo modelo de
implantação.
A administração do hospital, feita pelo Instituto de
Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), se preocupou em oferecer ao
paciente em estado grave, um local agradável para sua recuperação. Detalhes
aparentemente simples fazem a diferença.
O HGG também realiza projetos que
tem por objetivo fazer da estadia do paciente um pouco mais agradável. Para
isso, há o Sarau do HGG, realizado toda semana – seja no hall de entrada ou
itinerante, que leva a alegria, mensagens de paz e de recuperação em forma de
música.
Já o serviço de capelania hospitalar, inserido no Programa de
Assistência de Apoio Espiritual conta com representantes dos segmentos
religiosos católicos, evangélicos e espíritas, para levar a fé a quem precisa
de esperança. E ainda está previsto para março, o lançamento do projeto Arte no
HGG, que deverá levar mais inclusão cultural na unidade, por meio de exposições
de artes plásticas.
E ainda há quem se pergunte:
Humanizar para quê? A resposta, agora, se torna simples e de fácil diálogo:
Humanizar para dar qualidade e esperança de vida a quem luta para a sua
recuperação.
(José Cláudio Romero, coordenador
executivo/Idtech, organização social responsável pelo Hospital Alberto
Rassi/HGG)
Fonte: http://www.dm.com.br
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