Bruxelas, palco de encontro anual de líderes religiosos - Por Daniel Rosário
Participantes observaram um
minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado ao Museu Judaico. À luz
do tema:
“O futuro da União Europeia”
O rabino de Bruxelas insistiu na distinção
entre religião e a sua instrumentalização para outros fins.
A intolerância, o extremismo e a
violência em nome da religião estiveram no centro das atenções do encontro
anual entre instituições europeias e líderes religiosos, com o recente ataque
ao Museu Judaico na capital belga ainda fresco nas memórias.
“Tomámos nota de tendências recentes a que estamos a assistir em algumas partes das nossas sociedades que, na realidade, colocam em causa as relações entre as pessoas, em que o outro é visto como inimigo. Temos que combater com firmeza todas as formas de discriminação contra a comunidade judaica, com os recentes ataques aqui em Bruxelas a mostrarem como a situação é séria, mas também contra todo o tipo de discriminação”, afirmou o rabino de Bruxelas, Albert Guigui.
Em homenagem às vítimas do atentado, os participantes observaram um minuto de silêncio.
Durão Barroso foi o anfitrião do encontro, no qual participaram representantes das outras instituições europeias e líderes religiosos de Igrejas e comunidades cristãs, muçulmanas, judias, sikhs, hindus e mórmons.
Albert Guigui insistiu na necessidade de distinguir a religião e a sua instrumentalização para outros fins.
“Penso que se confunde a religião com aqueles que instrumentalizam a religião. Não acredito que haja religiões dignas desse nome que preguem a morte de inocentes. Não conheço religiões que defendam o esmagamento do ser humano”, começou por dizer.
“Por outro lado, os fanáticos que usam a religião como alavanca para os seus próprios interesses aproveitam a religião para matar e destruir o ser humano. É importante que se faça a distinção entre as religiões iluminadas que pregam os valores humanos, a dignidade do homem, o respeito pelo outro, o direito à diferença e esses fanáticos que na verdade o que querem é destruir a religião”, defendeu.
O tema do encontro deste ano foi “O Futuro da União Europeia”, com especial atenção para o resultado das recentes eleições europeias, em que a abstenção e o aumento do voto de protesto em vários países foram interpretados à luz das dificuldades económicas e sociais que se vivem em vários países.
Mas o arcebispo de Freising e Munique, Reihnard Marx, insistiu que só resolvendo os problemas concretos das pessoas, como o desemprego, é que a União Europeia conseguirá aproximar-se dos cidadãos.
Os participantes aprovaram uma declaração conjunta, na qual apelam à revogação da condenação à morte de uma cristã sudanesa, condenada por apostasia.
No final, e em jeito de despedida, Durão Barroso afirmou esperar que estes encontros anuais possam prosseguir no futuro e salientou o papel das comunidades religiosas na resposta a muitas das preocupações expressas pela sociedade.
“Tomámos nota de tendências recentes a que estamos a assistir em algumas partes das nossas sociedades que, na realidade, colocam em causa as relações entre as pessoas, em que o outro é visto como inimigo. Temos que combater com firmeza todas as formas de discriminação contra a comunidade judaica, com os recentes ataques aqui em Bruxelas a mostrarem como a situação é séria, mas também contra todo o tipo de discriminação”, afirmou o rabino de Bruxelas, Albert Guigui.
Em homenagem às vítimas do atentado, os participantes observaram um minuto de silêncio.
Durão Barroso foi o anfitrião do encontro, no qual participaram representantes das outras instituições europeias e líderes religiosos de Igrejas e comunidades cristãs, muçulmanas, judias, sikhs, hindus e mórmons.
Albert Guigui insistiu na necessidade de distinguir a religião e a sua instrumentalização para outros fins.
“Penso que se confunde a religião com aqueles que instrumentalizam a religião. Não acredito que haja religiões dignas desse nome que preguem a morte de inocentes. Não conheço religiões que defendam o esmagamento do ser humano”, começou por dizer.
“Por outro lado, os fanáticos que usam a religião como alavanca para os seus próprios interesses aproveitam a religião para matar e destruir o ser humano. É importante que se faça a distinção entre as religiões iluminadas que pregam os valores humanos, a dignidade do homem, o respeito pelo outro, o direito à diferença e esses fanáticos que na verdade o que querem é destruir a religião”, defendeu.
O tema do encontro deste ano foi “O Futuro da União Europeia”, com especial atenção para o resultado das recentes eleições europeias, em que a abstenção e o aumento do voto de protesto em vários países foram interpretados à luz das dificuldades económicas e sociais que se vivem em vários países.
Mas o arcebispo de Freising e Munique, Reihnard Marx, insistiu que só resolvendo os problemas concretos das pessoas, como o desemprego, é que a União Europeia conseguirá aproximar-se dos cidadãos.
Os participantes aprovaram uma declaração conjunta, na qual apelam à revogação da condenação à morte de uma cristã sudanesa, condenada por apostasia.
No final, e em jeito de despedida, Durão Barroso afirmou esperar que estes encontros anuais possam prosseguir no futuro e salientou o papel das comunidades religiosas na resposta a muitas das preocupações expressas pela sociedade.
Fonte: http://rr.sapo.pt
Comentários