Mianmar continua perigoso para as minorias – Por Francisco Pedro
No Mianmar, a minoria muçulmana
tem sofrido uma hostilidade cada vez maior.
Relatório do Grupo Internacional
dos Direitos das Minorias classifica o país como um dos mais arriscados para as
minorias, pelo nono ano consecutivo, devido às tensões por motivos étnicos e
religiosos.
A lista é encabeçada pela
Somália, mas Mianmar, colocado no oitavo lugar, continua a merecer destaque
pela negativa, e pelo nono ano consecutivo, por ser o único país do sudeste
asiático a manter as minorias em risco ao não conseguir travar o aumento da tensão
por motivos étnicos e religiosos.
No relatório anual do Grupo Internacional dos
Direitos das Minorias (GIDM), divulgado esta semana, o Camboja, Tailândia e
Malásia figuram também como países perigosos para os grupos minoritários.
Segundo os autores do documento, apesar do «degelo gradual» do governo de Mianmar, tem havido «uma hostilidade cada vez maior» contra a minoria muçulmana. «Os abusos mais graves foram contra os muçulmanos rohingya, no estado de Rakhine, mas a violência está espalhada por todo o país, e é alimentada pela retórica dos extremistas budistas», referem os investigadores.
Na Tailândia, as forças da oposição acusaram os cambojanos de conspirar com a família de Thaksin Shinawatra, o ex-primeiro ministro que está no exílio no Reino Unido, para desestabilizar o país. Mais recentemente, a junta militar tomou medidas enérgicas contra os imigrantes cambojanos indocumentados, o que obrigou mais de 250 mil a abandonar o país.
Já na Malásia e na Indonésia registaram-se crescentes campanhas de intimidação, proibições de praticar a religião e de possuir material relacionado com a fé, que incentivaram ataques contra as minorias religiosas e os imigrantes.
Segundo os autores do documento, apesar do «degelo gradual» do governo de Mianmar, tem havido «uma hostilidade cada vez maior» contra a minoria muçulmana. «Os abusos mais graves foram contra os muçulmanos rohingya, no estado de Rakhine, mas a violência está espalhada por todo o país, e é alimentada pela retórica dos extremistas budistas», referem os investigadores.
Na Tailândia, as forças da oposição acusaram os cambojanos de conspirar com a família de Thaksin Shinawatra, o ex-primeiro ministro que está no exílio no Reino Unido, para desestabilizar o país. Mais recentemente, a junta militar tomou medidas enérgicas contra os imigrantes cambojanos indocumentados, o que obrigou mais de 250 mil a abandonar o país.
Já na Malásia e na Indonésia registaram-se crescentes campanhas de intimidação, proibições de praticar a religião e de possuir material relacionado com a fé, que incentivaram ataques contra as minorias religiosas e os imigrantes.
«Embora
o nacionalismo étnico e religioso não seja um fenómeno novo no sudeste asiático,
temos visto um aumento deste tipo de comportamento em vários países, durante o
último ano», sublinha Hanna Hindstrom, diretora de informação do GIDM.
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