Deus Não está morto… A liberdade religiosa – Por Edivan Pedro

Está em exibição nos cinemas do Brasil, o Filme: Deus não está morto. Trata-se de uma produção cinematográfica com uma clara orientação cristã evangélica. 

Se você tem fé, acredita em Deus, participa de uma Igreja cristã, vale a penas assistir esse filme. Lá, encontrará pessoas transformadas pela fé.

 Agora, se você não  crer em nada, ou não se interessa pela religião, pela vida fé, o filme para ser um convite a buscar os elementos mais filosóficos de toda crença, no caso do cristianismo. Com o risco de se cair num jogo de palavras que não prova nada. Aliás, Deus é uma experiência de fé, com sua própria estrutura epistemológica.

Não quero entrar aqui no debate se Deus está morto ou não, nem apresentar os argumentos da discussão do filme entre o professor ateu de filosofia, ou do jovem estudante, calouro cristão, que aceita o desafio de provar para sua turma a existência de Deus.  

Fiquei lendo os créditos finais do Filme, e vi que sua produção é uma espécie de homenagem aos alunos, professores e pastores, que foram condenados por praticarem a fé cristã nas universidades norte-americanas. (Isso me faz recordar o triste episódio envolvendo a UEL e a pastoral universitária, em que o resultado foi o fechamento da Capela do campus para celebrações religiosas).

O filme traz tona a questão da liberdade religiosa, do direito de se crer em Deus, de viver sua fé com todas as suas manifestações, de ser respeitado na sua crença, inclusive por ateus e agnósticos.  

Hoje, esse debate precisa ser feito no Brasil. Diante das mudanças sociais e culturais que vem acontecendo em nosso país, especialmente com reflexos fortes da nossa legislação, aqueles que não pertencem ao cristianismo, católico ou não, precisam respeitar nosso direito de viver e praticar nossa fé. 


A liberdade religiosa num Estado laico, como é o brasileiro, é um elemento fundamental para a verdade da democracia e da convivência cidadãs. Não se pode sair por ai destruindo símbolos e agredindo pessoas só por pertencerem a grupos religiosos. Também as igrejas e seus membros não devem realizar caças às bruxas.

Então: em nome da liberdade, creia e deixe crer. Quem crê em Deus não é pior nem melhor do que tem seus argumentos e motivações pessoais para não crer nada.  Não é obscurantista, muito menos tolo, contra o progresso da humanidade e de toda ciência. Crer está ao alcance da razão humana, e não é nenhum absurdo.   E viva a liberdade religiosa.






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