Ciência e religião devem estar unidas para bem da humanidade – Por Marta Caldeira
O futuro das religiões esteve
ontem em análise naquele que foi o oitavo e último dos debates promovido pela
Universidade do Minho, no âmbito da celebração dos seus 40 anos de existência,
onde os dois oradores, o cónego José Paulo Abreu e o judeu Joshua Ruah,
defenderam que não existe nenhum conflito entre a ciência e a religião, desde
que seja usada em benefício da vida do ser humano.
“A religião não é qualquer coisa
que está para além da ciência, porque ela própria tem uma bíblia para estudar e
para verificar, mas o mais importante da religião é o facto de ela nos
possibilitar a abertura para uma outra dimensão e para uma capacidade de
superação do espaço e do tempo e, por isso mesmo, a religião nunca vai acabar,
precisamente porque nos abre à transcendência, mas também porque ela é muito
importante em termos éticos”, referiu o cónego José Paulo Abreu.
Para o cónego “há um imperativo
ético nas religiões exatamente porque elas transmitem valores”, sublinhando que
“no caso dos católicos, o valor mais importante é o direito à vida” e é com o objetivo
de garantir este mesmo direito, que o catolicismo convive sabiamente com a
ciência, aceitando tudo o que ela possa oferecer para o bem-estar e melhor
qualidade de vida do ser humano.
O judeu e também médico Joshua Ruah destaca que “entre judeus nunca tivemos nenhum conflito entre ciência e religião, antes de mais porque desde há milhares de anos que sempre tivemos grande apetência para as ciências, para a leitura e para o conhecimento. Para os judeus a ciência é toda ela aprendizagem e é interpretada, aliás, como uma forma de continuidade da criação, que Deus delegou aos homens. Tudo o que pudermos fazer para criar, inovar e desenvolver faz também parte de um princípio religioso de contribuição para a Humanidade”.
O judeu e também médico Joshua Ruah destaca que “entre judeus nunca tivemos nenhum conflito entre ciência e religião, antes de mais porque desde há milhares de anos que sempre tivemos grande apetência para as ciências, para a leitura e para o conhecimento. Para os judeus a ciência é toda ela aprendizagem e é interpretada, aliás, como uma forma de continuidade da criação, que Deus delegou aos homens. Tudo o que pudermos fazer para criar, inovar e desenvolver faz também parte de um princípio religioso de contribuição para a Humanidade”.
Ambos os oradores apontaram para
a importância que as práticas religiosas têm para os seus praticantes em termos
de socialização com outras pessoas e criticaram severamente “os inteligentes
sem princípios”, que, por falta de ética, colocam o conhecimento e o saber a favor do mal, da fraude, da corrupção ou contra a vida humana.
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