Número de divórcios tem queda de 35% em Ribeirão Preto – Por Mariana Lucera
Nos últimos três anos, o número
de divórcios nos cartórios de Ribeirão Preto teve queda de 35%. Os
estabelecimentos registraram queda de 274 e 176 casos, em 2011 e 2013,
respectivamente.
Para sociólogos, dois fatores
contribuíram para esta queda: o número de casais que vivem em relações estáveis
sem oficializar a união e o aumento do pensamento conversador de evangélicos,
educados para que o casamento seja para sempre.
Recém-casados, o analista de
sistemas Murilo Neandro Reais de Souza, 23 anos, e a jornalista Fabiana
Morelato Padilha de Souza, 25 anos, levam a ideia do casamento muito a sério.
“Esse pensamento de se não der
certo separa não passa pela nossa cabeça. Se existe dúvida é melhor não casar.
O nosso casamento é para sempre”, diz Fabiana.
Souza reforça que a ideia de
casar foi amadurecida durante um ano, enquanto eles planejaram toda a festa e a
vida a dois.
Eles fizeram faculdade juntos em
Juiz de Fora e começaram a morar juntos em 2009. Mesmo sem oficializar a união
no papel, Daniele conta que veio morar com Felipe já com a ideia de casar.
“Depois de cinco anos nós marcamos a data para abril do ano que vem. Sinto essa
necessidade de fazer tudo certinho”, diz.
O sociólogo e professor de
direito da Barão de Mauá, Walmir Souza, explica que com a união estável já
existe um status de instituição e garante direitos.
“Essa informalidade também tem
ajudado que sejam oficializados menos casamentos. E as pessoas aproveitam os
benefícios do casamento sem de fato fazê-lo com a mesma estabilidade”, explica.
Outro fator é a religião, que aumenta pensamento conservador. “As pessoas veem o casamento como algo indissolúvel”, diz.
Para casal, união vem do respeito
entre os dois
Depois de um ano e meio de
namoro, Maria das Graças Ribeiro da Silva Zampieri de Souza, 53 anos, e Waldir
Zampieri de Souza, 53, se casaram e estão juntos há 26 anos, sem nem pensar em
divórcio.
O casal diz que o segredo de um casamento duradouro é o respeito que
eles aprenderam a ter pelo outro dentro da religião evangélica.
“Dentro da nossa religião nós
aprendemos a respeitar e lidar um com o outro. Existem as diferenças entre os
casais, mas conseguimos lidar com isso porque cada um foi educado para aprender
a driblar isso. Estamos juntos até a morte”, garante.
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