Vaticano organiza Jornada Internacional contra o Tráfico de Seres Humanos
A Igreja Católica, sob a
liderança do Papa Francisco, realizará no domingo sua primeira:
Jornada
Internacional de Reflexão e Oração contra o Tráfico de Seres Humanos
Especialmente de meninas, anunciou na terça-feira (03/02) o Vaticano. De acordo com dados da ONU, 21
milhões de pessoas, a maioria jovens, são vítimas de diversas formas de
tráfico, exploração sexual, trabalho forçado, tráfico ilegal de órgãos,
servidão doméstica, casamentos forçados, adoções ilegais...
"A situação geral de
violência e injustiça afeta muitas pessoas que não têm voz e são
escravas", resumiu as Uniões Internacionais de Religiosos e Religiosas
(UISG e USG), organizadores da Jornada.
Os 1,2 bilhão de católicos são
chamados a participar neste dia, por ocasião da festa de Josefina Bakhita, uma
ex-escrava sudanesa que se tornou freira e que foi canonizada em 2000.
A luta contra a escravidão
moderna é uma prioridade do Papa argentino. Ele tratou deste tema em sua
mensagem internacional para a paz em 2015, considerando que a violência e a
guerra também nascem do tráfico.
No ano passado, ele reuniu no
Vaticano líderes de diferentes religiões para fortalecer a cooperação sobre o
assunto, e promoveu um simpósio entre os líderes da Igreja e da polícia, com o
apoio da Interpol.
Em todo o mundo, milhares de
religiosas têm se engajado na luta contra diferentes formas de tráfico, em
especial para tirar meninas e jovens mulheres da prostituição, com a abertura
de centros de acolhimento e reabilitação.
Durante a apresentação da Jornada
Internacional, a irmã Gabriella Bottani, coordenadora da rede católica contra a
prostituição Talitha Kum, testemunhou seu trabalho na recepção de imigrantes
ilegais que desembarcam na Sicília.
"O número de meninas nas rua
têm aumentado e elas são cada vez mais jovens. Elas não pedem ajuda, vivem com
medo e vergonha em silêncio, um silêncio ensurdecedor", denunciou.
"Precisamos conscientizar as
jovens sobre os perigos de grupos que as levam a acreditar que vão encontrar
trabalho e riqueza", observou a irmã Carmen Sammut, presidente da União
Internacional das Ordens Religiosas Femininas (IUGS).
Fonte: http://www.em.com.br
Comentários