Igrejas do mundo se unem à iniciativa para colocar fim à pobreza até 2030
O Conselho Mundial de Igrejas
(CMI) se soma à iniciativa de mais de 30 líderes das principais religiões do
mundo e chefes de organizações religiosas internacionais para lançar um
chamamento à ação de colocar fim à pobreza extrema antes de 2030.
A declaração, intitulada: "Colocar fim à pobreza extrema: um imperativo moral e espiritual”,
assinala que têm sido feitos progressos notáveis na redução da pobreza extrema.
Em 25 anos, o mundo passou de ter 2 bilhões de pessoas que vivem na pobreza extrema
para menos de 1 bilhão.
"Agora, pela primeira vez na história da
humanidade, temos tanto a capacidade como a consciência da nossa
responsabilidade moral de fazer o que seja necessário para que ninguém viva na
pobreza extrema”.
Segundo a informação que disponibiliza
o Grupo do Banco Mundial e outras instituições, para o CMI, hoje, é possível
eliminar a pobreza extrema em um lapso de 15 anos. Em 2015, os governos se
colocarão de acordo sobre um novo programa mundial de desenvolvimento
sustentável que possa basear-se nos valores compartilhados para concluir a
urgente tarefa de eliminar esse flagelo.
"Dentro da comunidade
religiosa, abraçamos esse imperativo moral, pois compartilhamos a crença de que
a prova moral da nossa sociedade está dada pela situação na qual se encontram
os mais frágeis e os mais vulneráveis. Nossos textos sagrados também nos instam
a combater a injustiça e a melhorar a condição dos mais pobres dentro do nosso
âmbito", afirma o Conselho em nota.
O reverendo Olav Fykse Tveit,
secretário geral do CMI, afirma que o movimento ecumênico representado pelo CMI
está decidido a fazer uma "peregrinação de justiça e paz".
"Ainda são demasiadas as pessoas e comunidades desse mundo para quem não
haverá justiça nem paz até que se ponha fim à pobreza que as aflige",
declara.
Tveit implica o CMI em uma colaboração com outros associados
religiosos e intergovernamentais "para denunciar a injustiça econômica e o
consumo insustentável da maioria dos recursos do planeta por parte de uma
minoria privilegiada”.
Os signatários da declaração de
"imperativo moral" estão decididos a conquistarem o maior apoio e
ação na comunidade de fé em todo o mundo e em todos os setores, para colocar
fim à pobreza extrema.
Ruth Messinger, presidenta do
Serviço Judeu Norte-Americano Mundial (AJWS), diz que, "para o AJWS, é uma
enorme satisfação assinar essa declaração conjunta porque, como organização
inspirada no compromisso judeu para com a justiça, fundada nos valores e na
história dos judeus, estamos empenhados em alcançar a plena observância dos
direitos humanos e o fim da pobreza no mundo em desenvolvimento".
David Beckmann, presidente do Pan
para o Mundo, assinala que, "agora que ficou claro que é factível colocar
fim à pobreza extrema, as comunidades de fé estão fazendo um esforço por
reforçar o nosso trabalho de sensibilização, para dar forma a um movimento
capaz de traduzir essa possibilidade em compromisso político. Os progressos sem
precedentes que o mundo está alcançando na luta contra a fome e a pobreza são
uma manifestação do amor do nosso Deus no mundo contemporâneo, e Deus está
pedindo a todos que juntemos as forças".
Fonte: http://site.adital.com.br
Comentários