Deputados evangélicos estão na campanha pelo Impeachment - Por Jarbas Aragão
Quando milhões de pessoas vão às
ruas clamar por mudanças, uma minoria dos políticos parece escutar. Afinal,
eles são os alvos da maioria dessas reclamações.
Porém, mais de 50 deputados e
senadores de diferentes partidos, tanto da base do governo quanto da oposição
lançaram o “Movimento Parlamentar Pró-Impeachment” de Dilma Rousseff.
O ato realizado na quinta
(10/09), no Salão Verde da Câmara contou com a presença de membros da Bancada
Evangélica. O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), declarou ao Gospel Prime:
“Estamos num momento de crise política, moral e econômica e a junção de todas
essas crises nos fazem entender que precisamos de um governo que nos dê respostas.
O Governo do PT é ao contrário, as respostas são imprecisas e lentas”.
Para o parlamentar, o Brasil não
vai suportar mais 3 anos desse “desgoverno” e “não resta outra alternativa
senão apoiar o impeachment”. Só assim, reitera, será possível “salvarmos o
Brasil do caos”.
Além de Sóstenes, marcaram
presença Fábio Souza (PSDB/GO), Ezequiel Teixeira (SD/RJ) e o presidente da
Bancada Evangélica João Campos (PSDB-GO). Alguns funcionários dos gabinetes que
estavam presentes exibiam “Pixulecos”, bonecos infláveis do ex-presidente Lula
com roupa de presidiário, e balões pretos com referências à Operação Lava-Jato.
O local escolhido para o evento
foi o mesmo onde pedido de impeachment de Collor foi apresentado e aceito pelos
deputados em 1992. Para que o processo de impeachment seja aberto são
necessários os votos de 342 deputados.
O movimento lançou um site para
coletar assinaturas em defesa do impeachment (www.proimpeachment.com.br).
O presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB/RJ) que é membro da bancada evangélica e até recentemente liderava
um movimento contra Dilma não estava presente. Ele tem se mantido longe dos
holofotes enquanto prepara sua defesa para uma série de acusações contra ele
feitas por pessoas ligadas ao PT e investigadas na Lava-Jato.
Embora para muitos cristãos possa
parecer errado se opor a um governante, teólogos defendem que é essa é uma
questão legítima.
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