ONU lembra que refugiados não podem ser discriminados por suas religiões
A ONU lembrou nesta sexta-feira a
todos os países que não se pode discriminar nenhum refugiado por sua religião,
raça ou etnia e que devem assumir as responsabilidades que correspondem sob a
legislação internacional.
“Do ponto de vista das Nações
Unidas e desde um ponto de vista moral, os refugiados não devem ser tratados de
forma distinta em função de sua religião, etnia ou raça”, disse o porta-voz da
organização Stéphane Dujarric, perguntado pelos comentários do presidente
húngaro, Viktor Orbán.
Orbán, de visita em Bruxelas,
sustentou na quinta-feira que a Hungria tem direito de decidir que não quer um
grande número de muçulmanos em seu território e insistiu que “a única resposta”
à crise migratória na Europa é reforçar as fronteiras. O presidente húngaro insistiu
hoje nessa linha e defendeu que se não forem protegidas as fronteiras, podem
chegar ao continente dezenas de milhões de refugiados.
A Hungria recebeu nos últimos
dias várias críticas por sua gestão da crise, entre outras coisas, por levantar
uma cerca em sua fronteira com a Sérvia e bloquear a passagem de refugiados que
querem atravessar seu território rumo a outros países. Dujarric lembrou que todos os
países têm que assumir suas responsabilidades sob a Convenção sobre o Estatuto
dos Refugiados, a norma internacional que garante a proteção das pessoas
refugiadas.
Desde Genebra, o Alto
Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), António Guterres, alertou hoje
que é necessário criar 200 mil vagas para situar os refugiados que estão
chegando à Europa e que o fracasso do continente em dar uma resposta comum à
crise só beneficiou as redes de traficantes de pessoas.
Fonte: http://www.atribunamt.com.br
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