Cidadania e Direitos Humanos – Por Luiz Osellame
A Comissão de Cidadania e
Direitos Humanos realizou na manhã da segunda-feira (05/10), no Teatro
Dante Barone, o debate proposto pelo seu presidente, deputado Catarina
Paladini (PSB), sobre Liberdade e Diversidade Religiosa.
Curtas-metragens
sobre o tema foram apresentados e premiados no encontro. Catarina agradeceu a presença e
participação de autoridades, escolas, professores, alunos e avaliou
positivamente o encontro e disse ter ficado impressionado com a riqueza das
contribuições dadas pelos estudantes, principalmente pela visão de mundo que
possuem sobre a liberdade religiosa.
“Isto nos devolve um sentimento
bom de futuro, tranquilidade e bem-estar. O mais belo disto é que, entre
as liberdades religiosas, o que deve imperar é o sentimento maior do amor
ao próximo e o respeito”, sublinhou.
O secretário de Educação do Rio
Grande do Sul, Vieira da Cunha, destacou a importância do debate de um
tema tão importante como o da liberdade e diversidade religiosa. Destacou
ainda a relevância das discussões propostas anualmente por meio da
Campanha da Fraternidade, com a proposição de temas que interessam a toda a
sociedade, como é a questão tratada no evento.
“É imprescindível que tenhamos em
nossas escolas um ambiente de tolerância, liberdade e boa convivência,
voltada para uma cultura da paz”, salientou Vieira da Cunha ao parabenizar a
CCDH e as escolas pelo trabalho que desenvolvem.
A professora Maria Regina Laner,
representante da Associação Nacional das Escolas Católicas (ANEC),
agradeceu à CCDH por novamente viabilizar a realização da audiência
pública e ressaltou que a educação escolar busca o pleno
desenvolvimento da cidadania, onde se insere a questão da liberdade religiosa e
o convívio e respeito fraterno entre todos. Ela agradeceu às instituições
escolares que participaram da produção de 28 curtas, que trataram
justamente do tema: “Liberdade e Diversidade Religiosa”, proposto para este
ano.
O coordenador do Conselho do Povo
do Terreiro do Rio Grande do Sul, Baba Diba, sublinhou a importância do debate
sobre liberdade e diversidade religiosa e defendeu a necessidade do
aprofundamento que cada um deve buscar para afastar o perigo do preconceito
existente com relação às religiões de matriz africana.
“O Brasil não pode permitir a
violência causada pela intolerância religiosa”, alertou, ao defender que o
debate sobre a questão seja feito desde os bancos escolares. O representante da Igreja
Luterana do Brasil, Jean Marques Regina, advertiu acerca
do perigo do aumento da intolerância religiosa que vem ocorrendo no
Brasil.
Ele sublinhou que a Igreja Luterana é fruto da luta pela liberdade,
elogiou o trabalho desenvolvido pelas escolas ao destacar que religião,
política e futebol podem ser discutidos, mas sempre com respeito e na busca de
um mundo melhor para todos.
Cynthia Bonner, representante da
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, parabenizou a CCDH pelo debate sobre
liberdade e diversidade religiosa. Enfatizou a necessidade de se passar da
tolerância ao respeito, como forma de estabelecer o respeito à própria
dignidade da pessoa.
O desembargador Jaime W. Neto,
representante do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, salientou que o tema
da liberdade religiosa ocupa a pauta internacional, ao mesmo tempo em que se
apresenta quotidianamente para cada um de nós.
“Este projeto materializa a
colaboração que deve existir entre todos, pois todos somos iguais em liberdade
e dignidade”, apontou, ao parabenizar pelo projeto desenvolvido pelas
escolas na produção de curtas sobre a liberdade e a diversidade religiosa.
O rabino
Guershon Kwasniewski, coordenador do Grupo de Diálogo Inter-Religioso
de Porto Alegre, igualmente parabenizou pela iniciativa da CCDH em
promover o debate. “Igualdade religiosa se faz com educação”, destacou o
religioso, ao propor que as pessoas se coloquem no lugar do outro como forma de
entender a necessidade do respeito ao outro, ao diferente na sociedade.
Distinção
Durante a audiência pública desta
manhã, três dos Curtas na Educação, edição 2015, receberam um certificado
por terem sido os mais votados entre as 28 produções inscritas. Receberam
a distinção os seguintes curtas:
O Diário
de Clara, produzido por alunos do 1º Ano do Ensino Médio – Turma 101,
do Colégio Luterano da Paz, de Porto Alegre.
O Recomeço, produzido
por alunos do 1ª Ano do Ensino Médio – Turma 101, da Escola Fátima, de Sapucaia
do Sul.
O Ato, produzido
por alunos do 1º Ano do Ensino Médio – Turma 213, do Colégio Romano Senhor Bom
Jesus, de Porto Alegre.
Instituições participantes
Participaram do Concurso Cultural
de Curtas da Edição Temática 2015 do Projeto Curta na Educação trabalhos
produzidos por alunos das seguintes Instituições: Colégio Coração de
Maria; Colégio Luterano da Paz; Colégio Marista Pio XII; Colégio Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro; Colégio Romano Senhor Bom Jesus; Colégio Sagrado Coração
de Jesus; Escola de Ensino Fundamental São Francisco – Menino Deus; Escola
Estadual de Ensino Fundamental Dinah Néri Pereira; Escola Fátima; Escola São
Luis Guanella e Instituto de Educação São Francisco.
Quer conhecer mais do projeto
Curta, assistir os vídeos entre em: www.curtanaeducacao.org.br
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br
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