Refugiados na Hungria: Comunidades religiosas defendem integração
Zoltán Sulok, presidente de
Organização de Muçulmanos na Hungria, acredita que “uma forma de integrar os
refugiados muçulmanos é tratá-los corretamente. Este é um ponto muito
importante. No que diz respeito à religião, o mais importante é que possam
praticá-la corretamente, que não sejam impedidos de a praticar”.
Já o presidente da Federação da
Comunidade Judáica, András Heisler, é mais optimista e garante que integração
não deve ser difícil, de qualquer forma, este é um processo que requer um
esforço tanto dos que chegam ao país, mas também dos que acolhem. Assim sendo,
o objetivo é integrar e não “assimilar”.
András Heisler lembra que “se
analisarmos a História encontramos muitos exemplos de judeus e muçulmanos a
viver juntos, em paz e harmonia. Por isso, acredito que não nos devemos assustar
por termos de voltar a viver juntos”.
A euronews contactou os líderes
da Igreja Católica, que não quiseram prestar declarações. De qualquer forma, em
entrevistas a outros meios de comunicação, disseram que iam seguir as leis
hungaras, mesmo em relação aos refugiados católicos.
Os líderes das comunidades
judaica e muçulmana defendem que, mais importante que as religiões, é
fundamental não esquecer que são seres humanos que fogem de conflitos no
Iraque, Síria ou Afeganistão.
Zoltán Sulok garante que “muita
gente na Europa, sobretudo na Europa Central e de Leste, esquece que se alguém
vem, por exemplo, do Afeganistão, vem de uma zona de guerra. Os afegãos estão
em guerra desde 1979. Há uma geração que vem para cá, que nunca viveu numa
sociedade normal como a nossa”.
Andras Heisler sublinha que “não
acredito que a religião nos deva assustar. Só devemos ter medo do terrorismo. E
a responsabilidade dos governos europeus e da União Europeia é fazer um
controlo dos terroristas que vêm com os refugiados e migrantes. O seu trabalho
é minimizar o risco e o perigo”.
Fonte: http://pt.euronews.com
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