Messiânicos limpam centro histórico como atividade para dia de finados
Em comemoração ao culto dos
antepassados, membros da Igreja Messiânica Mundial irão fazer uma limpeza na
área externa da Igreja São Francisco.
Como preparação para o dia de
finados, os membros da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, religião de origem
japonesa que já se encontra na Paraíba há 30 anos, vai realizar uma limpeza na
parte externa da Igreja São Francisco, no Centro Histórico de João Pessoa, onde
fica localizado o Cruzeiro de São Francisco. A atividade acontecerá no domingo,
dia 01/11, às 9h.
De acordo com o ministro João
Antônio Rocha, responsável pela igreja na Paraíba, o evento tem como objetivo
não apenas a limpeza física do espaço, mas pretende também uma purificação
espiritual do ambiente, servindo como uma forma de elevação de muitos espíritos
que sofreram durante a história paraibana. “O cruzeiro de São Francisco reflete
o mundo espiritual da Paraíba”, explica o ministro João Rocha.
O Centro Histórico de João Pessoa
foi cenário de passagens importantes da história. Além de refletir uma época de
auge econômico, quando os senhores de engenho começaram a migrar para a capital
pessoense, ainda durante os séculos XVI e XVII, o local também é conhecido como
centro de conflito, já que os índios da região eram impostos à catequese, o que
ocasionou diversas mortes de indígenas.
“Ali tem os restos mortais dos
jesuítas, considerado baixo clero, e eles impuseram aos índios a catequese. Os
índios, a princípio, não aceitaram a religião e essa imposição religiosa gerou
conflitos, e é claro que houve mortes de indígenas”, comenta a historiadora
Beth Salvia.
Importância dos antepassados
Para a crença messiânica
relembrar as raízes tem um significado especial, pois cada ser humano
representa a síntese de centenas ou milhares de antepassados. “Somos, portanto,
seres intermediários de uma sequência infinita, formando uma existência individualizada
no tempo. Em sentido amplo, somos um elo da corrente que une os antepassados
com as gerações futuras; em sentido restrito, somos uma peça como a cunha,
destinada a firmar a ligação entre nossos pais e nossos filhos”, explica o
fundador da religião, Mokiti Okada, conhecido como Meishu-Sama, em um texto
escrito em 1936.
Fonte: http://www.paraiba.com.br
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