Evangélicos são presos por recusarem conversão ao catolicismo - Por Jarbas Aragão
A ONG International Christian
Concern, que luta pelos direitos humanos e contra a perseguição religiosa, está
fazendo uma denúncia inusitada.
Sete evangélicos do Estado de
Chiapas, no México, foram presos após recusarem-se a se converter ao
catolicismo. Autoridades estaduais e federais foram informadas sobre as ameaças
de expulsar ilegalmente ou encarcerar pessoas por causa de sua religião, mas se
recusaram a intervir.
A prisão não é um ato isolado, é
o último passo num processo iniciado pelas autoridades de Leyva Velazquez. No
pequeno município, a comunidade evangélica não é bem-vinda.
Segundo Luis
Herrera, um dos diretores do Conselho Cristão das Igrejas do México, oito
famílias da aldeia negaram-se a assinar documentos comprovando sua conversão ao
catolicismo. Todos eram membros da Iglesia Renovación En Cristo La Dulce
Presencia de Dios. Outros acabaram cedendo.
A constituição do México protege
o direito de todos os cidadãos a professar e praticar a crença religiosa de sua
escolha. Mesmo assim, as perseguições à minoria evangélica são comuns em
algumas regiões do país.
O incidente deste mês mostra a
tendência crescente de perseguição religiosa em áreas rurais do México, bem
como a ineficácia por parte do governo estadual e federal de proteger as
minorias religiosas.
Em Junho, cerca de 70 casos de perseguição religiosa
contra comunidades evangélicas foram registrados. Ao todo, envolveram entre 20
e 100 pessoas nos estados de Chiapas, Hidalgo, Oaxaca, Puebla e Guerrero.
A Federación Inter Americana de
Juristas Cristianos (FIAJC) emitiu uma nota pública sobre caso de perseguição
por intolerância religiosa no México.
“Infelizmente, casos de
intolerância religiosa e violações dos direitos civis básicos estão ocorrendo
com frequência no México, onde os membros de religiões minoritárias são
perseguidos pela religião predominante [catolicismo]. Eles sofrem, por exemplo,
corte de energia e água, crianças são expulsas da escola e proibidos de
enterrar seus mortos no cemitério público. pior pouco é que o governo intervém
nessas situações. A FIAJAC requer providências urgentes das autoridades locais
para que o povo mexicano garanta a plena liberdade de expressar sua fé. Da
mesma forma que está se disponibilizando para contribuir legalmente com as
famílias presas”.
Com informações Anajure e Charisma News
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