Pastor é condenado a prisão perpétua na Coreia do Norte - Por Leiliane Roberta Lopes
O pastor Hyeon Soo Lim, da Igreja
Presbiteriana Coreana da Luz em Toronto (Canadá), foi condenado à prisão
perpétua na Coreia do Norte e terá que realizar trabalhos forçados.
Ele foi um dos vários
missionários estrangeiros detidos pelo governo coreano sob a acusação de
realizar “atividades subversivas”. A Coreia do Norte é o país onde
há a maior perseguição contra cristãos, motivo que leva inúmeras pessoas à
prisão, tortura e morte.
Lim nasceu na Coreia do Sul e por
servir no Canadá passou a ter cidadania canadense. A agência oficial
norte-coreana, KCNA, confirmou a decisão da justiça dizendo que o condenado foi
obrigado a confessar o crime de conspiração.
“O acusado Lim reconheceu todas
as acusações apresentadas contra ele, entre elas a difamação viciosa de nosso
sistema e de nossa suprema dignidade, assim como conspirar para derrubar o
nosso Estado”, diz a agência.
Lim está preso desde Janeiro,
após voltar da China. Sua igreja de Toronto estava na Coreia para realizar
missões humanitárias. O pastor já havia visitado o país por várias vezes,
atuando em orfanatos e asilos. Em agosto ele foi forçado a
entrar na igreja Pongsu de Pyongyang para confessar “seus crimes” diante da
congregação. “Cometi o pior crime de todos, insultar e difamar a dignidade da
república”, dizia Lim no vídeo divulgado pelo governo.
O promotor chegou a pedir a pena
de morte ao pastor canadense à Suprema Corte, alegando que o crime do religioso
merecia a pena mais severa. Mas o tribunal rejeitou a recomendação. A agência KCNA usa o caso de Lim
para ameaçar os demais religiosos que tentam evangelizar a população do país.
“O julgamento demonstrou
novamente o destino miserável que pessoas como Lim aguardam, seguidores dos
regimes americano e sul-coreano, que sem cessar tentam aniquilar nosso sistema
socialista e difamam a suprema dignidade de nossa república sagrada”, diz a
agência.
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