Grã-Bretanha deixou de ser um país cristão, afirma relatório


Após dois anos de estudos, a Comissão sobre Religião de Crença da Vida Pública concluiu que a Grã-Bretanha deixou de ser um país cristão e, portanto, precisa parar de agir como tal.

Presidida pela baronesa Butler-Sloss, ex-juíza, e formada por representantes de diversas religiões, a comissão é tida como independente de influências do governo. Em um relatório de 150 páginas, a comissão afirma que a vida pública precisa ser descristianizada, para corresponder à nova realidade do país.

Argumenta que o declínio da Igreja da Inglaterra, o crescimento do percentual da população de ateus, agnósticos e sem religião em geral, e o fortalecimento do Islã impõem a necessidade de um "novo acordo” na sociedade.

Esse novo acordo, segundo o relatório, deve incluir o fim da administração de escolas públicas por religiosos e de cultos nesses estabelecimentos, inclusão de representantes religiosos na Câmara dos Lordes (ao lado dos da Igreja da Inglaterra), adição de outras crenças no cerimonial de coroação, proteção às mulheres contra tribunais da sharia, acréscimo de mensagens não religiosas no programa Today, da BBC Radio 4, etc.

Porta-vozes do governo e da Igreja da Inglaterra reagiram fortemente à conclusão da comissão.Nota da Igreja afirmou que parece que a comissão foi “sequestrada” por humanistas.






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