Agenda de eventos marca o Dia da África, comemorado no dia 25 no Rio de Janeiro
Para começar, lançamento da Coordenadoria
de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-Brasileiras Racismo e
Intolerância Religiosa, com diversas atividades, no Instituto de
Filosofia e Ciências Sociais, no Largo São Francisco de Paula, no
Centro.
O dia englobará palestras, apresentação da coordenadoria e dos membros.
A grade pontuará com mesa de debate, danças, barracas com iguarias, vestuário,
acessórios afros, shows, cinema e outros. O encontro pretende recebe em torno
de 1.500 pessoas.
O projeto ganha força e
já traz parcerias contundentes, vem apoiada pelo IV Encontro Sociocultural,
Econômico e Político. Que esse ano aborda o tema: Questões de África: “Uma
herança histórica e seus reflexos na sociedade contemporânea”. O encontro traz
para o dia: mobilização de alunos e professores.
A Coordenadoria Experiências
religiosas tradicionais africanas, afro-brasileiras, racismo e intolerância
religiosa, vinculada ao Laboratório de História das Experiências Religiosas
(LHER), foi criada a partir dos trabalhos conjuntos entre o Laboratório e o
Centro de Articulação de População Marginalizada (CEAP), frente ao combate
à intolerância religiosa no Brasil e os debates em torno da Lei 10.639, que torna
obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas
escolas de Ensino Fundamental, Médio e centros de ensino superior. Tendo como
coordenadores Ivanir dos Santos (geral), Elé Semog e Mariana Gino.
“A Coordenadoria pretende
promover o debate em torno das multiplicidades das experiências religiosas
africanas e afro-brasileiras, aliada a temática do racismo e da intolerância
religiosa, temas ‘caros’ para compreensão da formação religiosa do Brasil,
um país hibrido constituído através dos processos sócios-históricos entre as
culturas religiosas afro-luso - americano. Americano, evidentemente, por sua
posição geográfica e sua população indígena; lusitano, por ter sido colonizado
pelos católicos portugueses; e africano, por ter aqui aportado os negros
escravizados, em vários países africanos, que traziam consigo seus costumes,
suas tradições e, principalmente suas religiões e suas experiências
religiosas”, afirma Ivanir dos Santos.
Objetivo Específico da
coordenadoria: Apontar os trabalhos acadêmicos que estão sendo desenvolvidos
sobre. Discutir sobre a inserção e aplicabilidade da lei 10.639. Destacar o dia
25 de Maio não apenas como um marco histórico dentro das histórias do
continente africano, mas também uma rememoração da afirmação da identidade
negra no Brasil pós diáspora.
Ao longo do dia 25/05
Diversos segmentos compõem o
evento na praça do Largo de São Francisco de Paula: feira com afro
empreendedores de moda, sob a coordenação de Silvana Thebas, com penteados
afro, oficina de tranças (tranças rasta e nagô, dreads), arte,
literatura, exposição fotográfica, barracas iguarias africanas e shows...
Das 8h30 às 9h - Café da
manhã orquestrado pela Vate Produções, produzido por Cátia Cruz, com os
consulados dos países africanos no Brasil: Republica de Angola: Dr.
Rosário Gustavo de Ceita - Benin: Dr. Cesar Haia - Cabo
Verde: Dr. Pedro Antônio dos Santos - República Democrática do
Congo: Dr. Fernando Pablo Mitre Muppapa - Senegal: Sr. Amina
Ngoal - São Tomé e Príncipe / Republica Democrática Saravi: Dr.
Washington Machado.
Das 9h10 às 10h10 – Abertura
com Prof. Dr. André Leonardo Chevitarese (UFRJ) - Prof. Mestrando: Babalawô
Ivanir dos Santos (UFRJ) – Consulados de Angola; Benin; Cabo Verde; Senegal e
República D. do Congo.
Das 10h15 às 11h30 – Mesa
Temática: Religiões Tradicionais Africanas, com Prof. Hipólito Sogbos -
UFS/Benin - Profª. Leatitia Abyon -UFRGS/Benin e Prof. Dr. Murilo Sebe Boh
Meihy (UFRJ).
Das 11h35 às 12h50 – Mesa
Temática: Religiões Afro-Brasileiras, com Dra. Helena Teodoro – Mestrando
Elaine Marcelina - Universo e Prof. Alexandre Carvalho dos Santos (UFRJ/Padê).
Das 14h05 às 15h20 – Mesa
Temática: Racismo, com Profª. Jaciane Belquiades - Prof. Dr. Alain Pascal
Kaly (UFRRJ) e Prof Mestrando Elé Semog – UFRJ
Das 15h25 às 16h40 - Mesa
Temática: Intolerância Religiosa, com Prof ª. Mestranda Juliana B. Cavalcanti
(PPGHC-LHER-UFRJ) e Socióloga Ediene Sales (Estágio de Sá)
Na Ala Parceria Cultural –
No Largo São Francisco de Paula
Das 9h às 17h - Projeto
Odarah Produção Cultural Afirmativa
O projeto se constitui enquanto
plataforma de fomento e visibiliza negócios com ênfase na moda, educação, arte
e cultura, geridos por pessoas negras. Em atividade desde 2013, fazendo uma
ocupação cultural na FEBARJ (Federação dos Blocos Afro do Rio de Janeiro, na
Lapa), atuando enquanto feira de negócios com marcas do Brasil inteiro, bem
como enquanto espaço para artistas da fotografia, cinema e artes cênicas, com
diversas barracas na praça.
Das 9h às 17h - Projeto
Trança Terapia por Gabriela Azevedo - No Largo
São Francisco de Paula
O projeto Trança Terapia visa em
sua atuação trabalhar o aspecto artístico das tranças, entendendo essa prática
ancestral como a expressão da criatividade de um povo que é matriz cultural
para a cultura brasileira. Através da arte com as tranças, disseminamos a
valorização da estética negra e valorizamos as culturalidades africanas no
embelezamento de mulheres e homens.
Às 9h30 – Roda de Conversa -
no interior do IFCS
A produtora Cátia Cruz, abre roda
de conversa com o tema “Como se encontra a situação das mulheres da
África, no Município do Rio de Janeiro”.
Convidados para a Roda de
Conversa Pan-africanismo Pan-africanismo
Das 10h às 12h30
Tema: União Africana, africanismo
e antiafricanismo: alguns apontamentos
Palestrante: Prof.º Dr.º
Hippolyte Brice Sogbossi Departamento de Ciências Sociais da Universidade
Federal de Sergipe e Membro do Conselho Deliberativo do NEAB/UFS - CECH, Núcleo
de Estudos Afro-Brasileiros
Tema: Nkrumah, África atual e a
nova descolonização.
Prof.º Dr.º Pedro Acosta
Leya da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira (UNILAB)
Tema: Construção de Estado
senegalês e o Conflito de Casamance
Palestrante: Prof. º Drº.
Mamadou Alpha Diallo do Departamento de Relações Internacionais e Integração da
Universidade Federal de Integração Latino-Americana (UNILA) e Doutor em Estudos
Estratégicos Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). É pesquisador associado ao Centro Brasileiro de Estudos Africanos
(CEBRAFRICA), ao Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE).
Tema: O Cristianismo na África:
Uma religião colonial?
Palestrante: Prof.º Dr.º
ALAIN PASCAL KALY
Das 14h às 16h30
Tema: Unidade cultural africana
Palestrante: Luanda Maat:
Cientista social formada pela PUC-Rio, pesquisadora independente de
Afrocentricidade, Africologia e Mulherismo Africana, integrante do Grupo de
Pesquisa e Pratica de Yoga Kemética (antigo egípcia) - Rio, ex-coordenadora do
Fórum Estadual de Juventude Negra do Rio de Janeiro e dos coletivos de
estudantes universitários negros Luis Gama e Sankofa . Ex-mestranda do Programa
de Políticas Públicas, Estrategias e Desenvolvimento do Institutode Economia da
UFRJ (2012-2015)
Tema: A prática da Yoga do Antigo
Kemet: ferramenta de luta e libertação atual para a diáspora Africana
Palestrante: Emaye Ama Mizani:
Fundadora da Mesob Ta-Urt - A Mesa da Terra e representante nacional da Kemetic
Yoga Brasil - Maat Flow.
Tema: Identidade Real Africana
Nabby Clifford: Embaixador do
Reggae no Brasil
Sombra Di Polon
Tema: Um espaço revolucionário e
independentista sociocultural, político e religioso de herança Kaabunke e
Afro-porturguesa
Tchinho Kaabunke Sociologo,
Arquiteto, Urbanista e Ambientalista, Programa de Pós Graduação em Sociologia
UFF, Programa de Pós Graduação em Urbanimo UFRJ, Centro Africano de Estudantes
Às 17h - Apresentação
artística Padê – No Largo São Francisco de Paula
Projeto em Africanidade na Dança
Educação- PADE/UFRJ, coordenado pelo professor Alexandre Carvalho, desenvolve
estudos sobre as questões da memória e identidade afro-brasileira, tendo como
foco de pesquisa os cultos de matriz africana. Pautados nas ações afirmativas,
sobretudo na lei 10.639/2003, produz trabalhos artísticos acadêmicos, que
tratam da luta contra a intolerância religiosa, preconceito e o racismo e
destaca a importância da Cultura Afro-brasileira. Com 12 integrantes fazem
performance de 10m na praça: Iroko Cumieira do Mundo.
Na Ala Expo Afro – na
Estrada do Salão Nobre do IFCS
Das 9h às 17h - Projeto
Crenças por Thabata Castro.
Exposição com 17 fotos e um
políptico (que é um conjunto de 12 fotos, funcionam como um conjunto). Em
diversos tamanhos que variam entre 70x50 cm e 10x15cm. Realiza esse projeto
desde 2007, formada em História da Arte pela UERJ. A exposição concentra em três
festejos “O Cortejo”, que sai do Mercadão de Madureira e vai até a orla de
Copacabana, o do “Dia 2 de Fevereiro”, que sai da FEBARJ e vai até a Praça XV,
onde também sai uma barca que vai até a entrada da Baia de Guanabara e por
último os festejos de “São Jorge”, na Igreja da Rua da Alfândega, no Centro.
Na Ala África na Praça - Largo
São Francisco de Paula
Às 9h – A festa ganha
parceria da Feira Cultural e Gastronômica Paladares da África – 2ª. Edição. Em
torno de 50 barracas compõe a feira na praça do Largo São Francisco.
Contará ainda com o DJ Nilson Newboys, entre DJs convidados angolanos, cabo
verdianos, congoleses e brasileiros, que se revezam no decorrer do dia. As
barracas com acessórios, tecidos, esculturas, turbantes, variam de R$ 3,00 a R$
150,00.
Às 12h30 – gastronomia - com
iguarias africanas como micondes, paracuca, doce de coco, doce de ginguba,
ginguba torrada, banana assada, mufete de peixe frito, fungi de milho de bombo,
cachupa, kizaca, entre outros. Os quitutes variam entre R$ 3,00 a R$ 20,00.
Às 15h – Desfile de moda com
trajes africanos de Cabo Verde, Senegal, Congo, entre outros.
Às 17h – Shows com diversos
convidados.
Com o grupo Batacotô - do
ioruba, como líder e fundador o baterista Téo Lima, foi conhecido, no Brasil, um
tipo de tambor usado, principalmente na Bahia do século XIX, pelos africanos
revoltados. Tido como elemento fortemente incitador das massas rebeladas, sua
importação foi proibida depois da grande insurreição de 1835, conhecida como
Revolta dos Malês. Em 1991, o nome batizou o grupo vocal e instrumental
de música popular que une um pouco de música de raiz brasileira com
guitarristas de rock, teclados, contrabaixos aliados ao suingue do jazz e ao
ritmo dos bateristas de escola de samba. E é exatamente essa mistura que dá um
tempero especial ao grupo cuja base “afro” é a identidade que sustenta todas
essas experimentações.
Seguindo pelo show – Dudu
Fagundes, “O 'Maestro das Ruas'' começou trabalhando sentado num banquinho
em frente à Escola Nacional de Música, na Lapa, fazendo partituras com papel e
caneta na mão. Depois comprou equipamentos de informática, instrumentos, fez
parcerias com outros profissionais da área e começou a desenvolver trabalhos no
meio artístico. E traz novidades com novo trabalho, com o CD “Uma Nobreza
Rara”, no repertório, as músicas “Luanda Ainda”, “Minha Crioula”, “Bem Vindo,
Soul África” e “Preto e Branco”.
O projeto fecha com participação
de Nego Álvaro, de longa trajetória acompanhando grandes músicos.
Nego Alvaro faz participação com as músicas “O Canto das 3 Raças”, “Emoriô” e o
sucesso gravado na voz de Beth Carvalho “Estanhou O Que?”
Na Ala Cine Áfricas - sessão
com filmes africanos, no interior do IFCS, a partir das 10h
Filmes:
Keita: A herança do Griot:
Direção: Dani Kouyaté, Roteiro: Dani Kouyaté, Gênero: Drama, Origem:
Burkina Faso/França, Duração: 94 minutos, Tipo: Longa-metragem
I love Kuduro: Direção: Mário
Patrocínio, Produção: Mário Patrocínio, Roteiro: Coréon Dú, Mário Patrocínio.
Virgem Margarida: Direção:
Licinio Azevedo, Gênero Drama, Países cooperadores na produção Nacionalidades
França, Portugal, Moçambique.
Emitaï: Direção Sembène Ousmane,
país Senegal, ano1971, duração 35mm, cor, 96’ | Idiomas diola/francês.
Xala: Direção Sembéne
Ousmane, país Senegal, ano 1975, duração35mm, cor, 117’ | Idiomas
wolof/francês.
Ceddo: Direção Sembène Ousmane,
país Senegal, ano1976, duração 35mm, cor, 111’ | Idiomas wolof /Legendas em
português.
Mister Johnson: No Coração da
África: Direção Bruce Beresford
Entenda: O Dia Internacional
da África foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em
1972, por reconhecimento ao dia 25 de Maio de 1963, quando chefes de Estado
africanos reuniram-se na Etiópia. Nesse dia, fundou-se a Organização da Unidade
Africana (OUA), sendo conhecida hoje como União Africana, que tem como
objetivos: manter a unidade e a solidariedade africana, eliminar o
colonialismo, garantir a soberania dos Estados Africanos e a sua integração
econômica, bem como fomentar a cooperação política e cultural no continente.
Dia 25 de Maio - QUARTA, das 9h
às 20h
No Instituto Filosofia e Ciências
Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ)
Largo São Francisco de Paula, 1 –
Centro
Entrada franca
Fonte: http://www.jb.com.br
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