Indianos lembram 140º aniversário do nascimento de Mahatma Gandhi
Como é tradicional, os principais líderes políticos da Índia renderam ontem 02/10/09, uma homenagem floral ao líder independentista "Mahatma" Gandhi, considerado o pai da pátria, no dia em que cumpriria 140 anos. Ao túmulo onde foi incinerado o defensor do pacifismo, no memorial delhi de Rajghat, se deslocaram o primeiro-ministro, Manmohan Singh; o líder da coalizão governamental, Sonia Gandhi, e o dirigente da oposição L.K. Advani. Também acudiram vários ministros do Gabinete e alguns representantes estrangeiros, como o embaixador dos Estados Unidos, Timothy Roemer, que destacou a influência "direta e positiva" que as ideias de Gandhi teviram em seu presidente, Barack Obama. A cerimônia contou, além disso, com a presença de representantes das religiões budista, bahai, cristã, sique, zoroastra, muçulmana, hindu e judaica, todas presentes na Índia. Destacou, no entanto a ausência da presidente da Índia, Pratibha Patil, que se encontra de visita na região ocidental de Gujarat (oeste), e que lembrou ontem a data com um comunicado dirigido a todos seus compatriotas. "O aniversário de Gandhi é uma ocasião para que todos reflitamos no trabalho e a vida do pai da nação, Mahatma Gandhi", afirmou o dirigente, quem possui sobretudo competências cerimoniais e simbólicas.
Gandhi
Mais conhecido como "Mahatma" ("grande alma") Gandhi, nasceu dia 2 de outubro de 1869 na cidade de Porbandar, situada na atual região de Gujarat. Após uns anos de educação universitária na Inglaterra, Gandhi se estabeleceu na África do Sul, onde o fato de ser expulso de um trem por não ser branco lhe levou a iniciar sua doutrina de desobediência civil contra o Império Britânico. Já de volta na Índia, liderou o movimento de resistência pacífica contra as autoridades britânicas, com uma mensagem de harmonia entre as distintas religiões que apostava pela diversidade do subcontinente. A Índia alcançou sua independência em 1947, mas Gandhi quase não pôde desfrutá-la, porque foi assassinado poucos meses depois por um extremista hindu. Milhões de indianos ainda se referem a ele respeitosamente como "bapu" ("pai").
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