Instituto faz inventário de peças de artes e objetos históricos em igrejas de Nova Iguaçu- RJ - Por Helvio Lessa
Levantamento já identificou um conjunto importante retirado do acervo, a Sagrada Família, roubada em 2004 da Posse
O Instituto Estadual
do Patrimônio Cultural (Inepac) iniciou em julho um inventário para identificar
peças de arte sacra e objetos de valor histórico que estão em igrejas da
Diocese de Nova Iguaçu. A estimativa inicial é de que sejam pelo menos
200.
O diretor do Departamento de Bens Móveis e Integrados do Inepac,
Rafael Azevedo, que trabalha com o coordenador de arquivo da Diocese local,
Antônio Lacerda, informou que o objetivo do levantamento é impedir perdas para
o patrimônio.
Segundo os primeiros estidos, em quatro séculos, o número de objetos históricos
e de arte nas igrejas da Diocese foi reduzido em 80%, de mil para os 200
atuais. São vários os motivos apontados, mas o roubo é o mais citado. Com
o inventário, as peças serão listadas num catálogo com suas características.
Com isso, ficará mais difícil a venda e mais fácil a recuperação. “Levantamos a
identificação técnica, o estado de conservação e as qualidades históricas e
artísticas”, explica Azevedo, que diz que há intenção de criar um museu.
A equipe que faz o inventário conta, além do diretor do
Inepac, Rafael Azevedo, com quatro técnicas, uma fotógrafa e o historiador
Antônio Lacerda. Foram destinados inicialmente R$ 30 mil para fazer a
identificação.
Nos dois primeiros meses de pesquisa,
entre as peças catalogadas, estão três imagens de Maria: nossas senhoras da
Piedade, da Conceição e do Rosário. E entre as que estão desaparecidas do
acervo está a da Sagrada Família, que foi roubada na Capela do Alto da Posse em
2004.
A Diocese de Nova Iguaçu, que tem 49 paróquias e 379 capelas e engloba Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Japeri, além de uma capela em Miguel Pereira. “Nossa diocese é muito rica e esse tipo de projeto é importantíssimo para que possamos preservar o que temos de valor. A arte é uma expressão religiosa, e o povo da Baixada sabe reconhecer e conservar isso”, diz Dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu.
Rafael Azevedo acredita que uma parte das peças retiradas da Diocese estão nas mãos de colecionadores. Mas ele acredita que a maior parte deles são honestos e adquirem as peças de boa fé. A expectativa é que, com o inventário, será possível identificar algumas dessas peças que pertencem à Igreja. “Algumas delas podem estar nas mãos de gente da própria Baixada”, afirma Azevedo.
A Diocese de Nova Iguaçu, que tem 49 paróquias e 379 capelas e engloba Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Japeri, além de uma capela em Miguel Pereira. “Nossa diocese é muito rica e esse tipo de projeto é importantíssimo para que possamos preservar o que temos de valor. A arte é uma expressão religiosa, e o povo da Baixada sabe reconhecer e conservar isso”, diz Dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu.
Rafael Azevedo acredita que uma parte das peças retiradas da Diocese estão nas mãos de colecionadores. Mas ele acredita que a maior parte deles são honestos e adquirem as peças de boa fé. A expectativa é que, com o inventário, será possível identificar algumas dessas peças que pertencem à Igreja. “Algumas delas podem estar nas mãos de gente da própria Baixada”, afirma Azevedo.
Campanha pedirá a devolução das
peças
O trabalho de identificação das peças é acompanhado por um perito. O objetivo é, com as informações, fazer uma campanha de resgate das peças. Com base em detalhes da obra, será possível afirmar que determinada imagem que está em poder de algum particular é de propriedade da igreja. Serão analisados detalhes da escultura e o material usado, explica Rafael Azevedo, do Inepac.
Algumas dessas obras foram roubadas recentemente. Um dos exemplos é a obra Sagrada Família, com as imagens de José, Maria e Jesus, do Século XVIII, que foram levadas da Capela do Engenho da Posse em 2004. “O altar da capela está desmontado e deve ser recuperado”, diz Azevedo. A imagem de Sant’Ana, do Século XIX, foi roubada em 2007, mas recuperada dois meses depois.
O trabalho de identificação das peças é acompanhado por um perito. O objetivo é, com as informações, fazer uma campanha de resgate das peças. Com base em detalhes da obra, será possível afirmar que determinada imagem que está em poder de algum particular é de propriedade da igreja. Serão analisados detalhes da escultura e o material usado, explica Rafael Azevedo, do Inepac.
Algumas dessas obras foram roubadas recentemente. Um dos exemplos é a obra Sagrada Família, com as imagens de José, Maria e Jesus, do Século XVIII, que foram levadas da Capela do Engenho da Posse em 2004. “O altar da capela está desmontado e deve ser recuperado”, diz Azevedo. A imagem de Sant’Ana, do Século XIX, foi roubada em 2007, mas recuperada dois meses depois.
Trabalho nas igrejas de Duque
Caxias será iniciado este mês
O inventário da Diocese de Duque de Caxias, que engloba São João de Meriti, começa este mês. Segundo Rafael Azevedo, é esperada a mesma proporção de 80% de perda. “ O sumiço de obras na Baixada é bem maior que nas igrejas do interior, onde apenas a metade desapareceram”, diz ele. Rafael Azevedo afirma que, como em Nova Iguaçu, muitas das peças foram feitas em barro, que é de boa qualidade na região. “Nos séculos XVIII e XVIII, havia vários santeiros barristas”, conta.
A equipe que está realizando o trabalho em Nova Iguaçu já analisou cerca de 40 peças, a maioria esculturas do Século XIX, com características neoclássicas. Durante os trabalhos, é feita análise estilística, formal e material de cada peça. A ideia é preservar riquezas como a imagem de Sant’anna que foi encomendada pelo Barão de Paty do Alferes. De provável origem portuguesa, a peça está sendo restaurada .
Desde 2008 o Inepac faz levantamento das peças de arte sacra guardadas em igrejas do estado. O trabalho já rendeu dois volumes de inventário e 10 mil peças catalogadas.
O inventário da Diocese de Duque de Caxias, que engloba São João de Meriti, começa este mês. Segundo Rafael Azevedo, é esperada a mesma proporção de 80% de perda. “ O sumiço de obras na Baixada é bem maior que nas igrejas do interior, onde apenas a metade desapareceram”, diz ele. Rafael Azevedo afirma que, como em Nova Iguaçu, muitas das peças foram feitas em barro, que é de boa qualidade na região. “Nos séculos XVIII e XVIII, havia vários santeiros barristas”, conta.
A equipe que está realizando o trabalho em Nova Iguaçu já analisou cerca de 40 peças, a maioria esculturas do Século XIX, com características neoclássicas. Durante os trabalhos, é feita análise estilística, formal e material de cada peça. A ideia é preservar riquezas como a imagem de Sant’anna que foi encomendada pelo Barão de Paty do Alferes. De provável origem portuguesa, a peça está sendo restaurada .
Desde 2008 o Inepac faz levantamento das peças de arte sacra guardadas em igrejas do estado. O trabalho já rendeu dois volumes de inventário e 10 mil peças catalogadas.
A previsão é de término em 2014, com a publicação de mais
quatro volumes. A partir de 2015, será a vez de inventariar somente as peças
sacras da cidade do Rio de Janeiro. “Com esse trabalho, começamos a estimular
uma cultura de cuidado da arte sacra, que faz todo mundo ganhar: as igrejas, os
fiéis, a população e o Estado", justifica Rafael Azevedo.
Fonte: http://odia.ig.com.br
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