Pastor Silas Malafaia é considerado influente líder político nacional por site - Por Jussara Teixeira


O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, está sendo considerado um líder religioso de prestígio e importante influência no cenário político em âmbito nacional, de acordo com o IG.

A publicação coloca Malafaia como seguidor dos mesmos passos da Igreja Universal do Reino de Deus e Assembléia de Deus, denominações que já mostraram sua influência durante as eleições.

Apoiando candidatos em diversas cidades do país, 40 deles foram eleitos 24 a prefeito (quatro estão no segundo turno) e 16 a vereador. O líder religioso apoiou 48 candidatos em sete estados no total, o que significa que obteve 83% de sucesso nas indicações.

Um dos fatores apontados para tão grande influência é seu carisma, linguagem direta e popular, recheada de gírias e ao mesmo tempo agressiva.

“A gente se posiciona e corre riscos, põe a cara para bater. O povo evangélico vem amadurecendo. Estou há muito tempo na mídia, e conquistei credibilidade com os evangélicos. Uma parte acata e considera o que eu digo”, explica Malafaia.

O pastor, que possui programas televisivos em diversas emissoras abertas, diz que sua missão é influenciar. “Eu nunca vou ser candidato a nada, pode anotar aí! Nada, nada, nada! Agora, tenho a convicção, aquilo que sou, como pastor, como um dos líderes de um segmento, acredito que fui levantado para influenciar. Então, vou influenciar o máximo que puder. Ser (político), nunca, mas influenciar, sempre!”, afirma.

Ele defende a participação política dos evangélicos, mas diz ser contra o apoio de igrejas a candidatos. “O que não posso dizer é que a igreja apoia (determinado candidato). Isso não digo. Não suporto negócio de que a igreja apoia! Sou eu, que sou cidadão que apoio. Temos de nos fazer representar. Na Bíblia, Jesus não anulou a cidadania terrena.”

Malafaia explica que sua maneira de pedir votos é didática e respeitosa. “Falo em tudo o que é lugar: ‘Você é livre para votar em quem quiser. Não tem anjo contratado pelo pastor para fiscalizar e dedurar em quem votou.’ Quando digo isso, estou respeitando o direito da pessoa, dona do voto”, explica.

O líder da Assembléia de Deus destaca ainda que existe preconceito por parte da sociedade, que rotula os evangélicos de retrógrados e fundamentalistas. “Os evangélicos começaram a ser um segmento importante, o pessoal entende o seguinte: se ateu, marxista, filósofo, operário pode dar opinião, por que não posso dar?”, opina.

Ele acredita ainda que a internet tem exercido um papel fundamental na politização e na busca de informação pelos evangélicos.

“Acham que os evangélicos são um bando de bobos, otários. Nego está por fora! Depois do advento da internet não tem mais bobo. O segmento social que mais usa a internet e as redes sociais são os evangélicos”, conclui.



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