349 anos depois Nzinga Mbandi ainda é admirada na Europa – Por Augusto Nunes


Trata-se de um estudo de Catherine Gallouet, Professora no Hobart and William Smith Colleges do Estado de Nova Iorque, nos EUA, cujo artigo intitula-se:

 “Tenaz, Sedutora, Bela-Transmissões e Mudanças das representações de Njinga, Rainha de Angola, do século XVII ao XVII”.

A revista tem a chancela das Editoras La Decouverte, Sociedade Francesa de Estudo do século XVIII em parceria com o Instituto das Ciências Humanas e Sociais do Centro Nacional de Investigação Cientifica (CNRS). Foi coordenada por David Diop, Izabella Zatorska e Patrick Graille, este último, professor na Universidade de Vassar-Wesleyan em Paris, um dos reeditores do famoso romance, de 1769, de Jean-Louis Castilhon, “Zingha, Reine d’Angola. Histoire Africaine”.

Presente na sessão de lançamento da referida publicação, o historiador, Simão Souindoula, perito da UNESCO, do projecto “A Rota do Escravo” fez saber que, o principal objetivo de Catherine Gallouet, neste exercício heurística historiográfica é chegar a algumas exatidões sobre a vida da Kiluanje, nos seus aspetos político, diplomático, militar, religioso e social.

A docente apontar as dissemelhanças na produção memorialista sobre a Dupla Soberana. Nota os acréscimos, substanciais e iconográficos, feitos a edição “Njinga, Reine d’Angola. La relation d’Antonio Cavazzi de Montecuccolo (1687) ”, saída em Paris, há dois anos. Isto, em relação a “Istorica descrizione…” e a “Missione evangelica…”.

Saliente-se, entre outros suplementos, a célebre carta da “Regina”, datada de 13 de Dezembro de 1655. Enquanto isso, tretanto, continua a análise comparativa com a “Relation historique de l’ Ethiopie occidentale” do Padre Labat (1732), a “Description de l’Afrique” de Olfert Dapper (1668), a “Historia aethiopica” de Ludof (1681), a “Historia Geral das Guerras Angolanas (1680 – 1681)” , e o XXV volume da “Historia Universal”(1770).

A especialista faz observar que quase todas as informações sobre a Singa provenham de relatórios de missionários, e, em particular, de um documento destinado ao Papa, a inapagável ”Istorica descrizione dei tre regni Congo, Matamba e Angola”.



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