Muda o perfil da perseguição contra cristãos no mundo - Por Jarbas Aragão


A missão Portas Abertas, uma organização cristã que publica anualmente uma lista de classificação de países por perseguição, mostrou mudanças no cenário mundial em 2012. 

A perseguição dos cristãos aumentou no continente africano desde que grupos radicais islâmicos assumiram o poder em alguns países.

As ameaças crescentes contra os cristãos africanos podem ser vistas em ataques como os atentados e assassinatos nas igrejas nigerianas realizadas pelo grupo radical islâmico Boko Haram.

Ao mesmo tempo, o Mali teve um grande salto na lista. O país nem fazia parte da classificação em 2011 e surge em 7º lugar na nova lista. O motivo é um golpe de estado no norte do país, que deixou muçulmanos fundamentalistas no poder. Segundo o porta-voz do Portas Abertas Jerry Dykstra, os cristãos locais e missionários estrangeiros estão em grave perigo.

A Coreia do Norte encabeça a lista de Portas Abertas pelo 11 º ano consecutivo. A missão estima que mais de 70 mil cristãos estão presos simplesmente por se negarem a aceitar o presidente como divindade. O simples ato de carregar uma Bíblia pode resultar em execução.

Uma das surpresas foi a China, um país que estava entre os 10 maiores perseguidores há cinco anos e caiu para n º 21 em 2011 e agora para 37º. Mesmo assim, sabe-se que centenas de cristãos chineses continuam na prisão e o governo ainda mantém um controle rígido sobre os líderes das igrejas. Embora “o confisco de Bíblias e de livros cristãos já não ocorrem mais em grande escala”, de acordo com o ministério missionário.

A Síria, que vive uma sangrenta guerra civil, saltou do nº 36 para 11º este ano, tornando-se um país de preocupação especial. No governo do presidente Bashar al-Assad, os cristãos possuem liberdade de culto, mas não podem evangelizar, de acordo com o relatório da Portas Abertas.

Ron Boyd-McMillan, diretor de estratégia de PA ressalta: “a boa notícia na Síria é que os cristãos estão mostrando uma grande unidade entre as denominações diferentes e o sofrimento os tem unido”.

O ranking anual dos 50 países leva em conta os graus de perseguição (concentrada, moderada, severa, extrema e ilimitada) e divide o contexto da perseguição em diferentes áreas: vida privada, familiar, em comunidade, nacional e com a igreja. Além de casos de violência física e outras informações que contribuem para classificar os países e determinar onde é mais difícil ser cristão.

Esse ano foi usada uma nova forma de classificar os países. O novo relatório está mais aprofundado; leva em conta o contexto e as diferenças de perseguição de acordo com as comunidades hostilizadas. A missão chama atenção para os países novos que entraram na lista depois da mudança: Mali (7ª), Tanzânia (25ª), Quênia (40ª), Uganda (47ª) e o Níger (50ª). Com informações de Religion News e Portas Abertas.




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